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Com taxação, Trump pretende interferir na política doméstica brasileira 

Administrador Por Administrador
11 de julho de 2025
Em Política
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Com taxação, Trump pretende interferir na política doméstica brasileira 

O presidente norte-americano Donald Trump pegou todos de surpresa, nesta quarta-feira (9), com o anúncio da taxa de 50%, a partir de 1º de agosto, sobre os produtos brasileiros. O número extravagante chamou a atenção de todo o mundo livre, que assistiu o episódio embasbacado com a ação destemperada do republicano. Trump justificou a medida como resposta ao que chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão de empresas americanas, ao citar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).  

Também, Trump alegou que a relação comercial entre os dois países é injusta e ameaçou ampliar as tarifas caso o Brasil reaja com medidas semelhantes. No primeiro momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu utilizar a lei de reciprocidade e taxar os Estados Unidos. 

Em outro pronunciamento, endossou uma tentativa de saída diplomática. Depois, interlocutores do governo apontaram que Lula estuda um pronunciamento na TV. Os líderes do Congresso, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), defenderam um “diálogo diplomático e comercial” por meio de uma nota à imprensa. 

Mudança de paradigma  

Ao HOJE, o cientista político Guilherme Carvalho aponta que, à primeira vista, isso deve mudar bastante as relações de ambos os países. “Porque impacta diretamente nossas exportações”, afirma. “O Brasil tende a ser recíproco, então deve taxar também a entrada de produtos americanos, o que pode encarecer muito a produção interna com insumos vindos de lá. Não acho que, tendo ele apresentado uma taxação 40% acima daquela de alguns meses atrás, isso seja reversível. Talvez possam ser pensadas compensações, mas me parece claro que o Trump está utilizando isso como mecanismo de pressão política”, explica.  

Leia mais: Tarcísio diz que Bolsonaro será inocentado pelo Supremo

“O Brasil não tem uma relação exploratória com os EUA — embora taxe mais os produtos americanos, as tarifas preferenciais dadas a empresas americanas no Brasil compensam esse custo. Sendo assim, Trump tenta interferir diretamente na política doméstica brasileira. Aquela declaração dele sobre Bolsonaro e essa taxação sugerem que ele quer exercer influência sobre as decisões internas do Brasil, o que fere a soberania nacional. Não vejo o governo brasileiro disposto a recuar em nenhum aspecto — o que deve gerar problemas sérios. Exportadores brasileiros tendem a se aproximar da China como resposta, o que enfraquece ainda mais os EUA no comércio global”, argumenta.  

“Honestamente, não sei no que ele está apostando. O Itamaraty terá de se mobilizar com agilidade. Mas diante do patamar da taxa — 40% acima do que já havia sido anunciado — não acredito que Trump vá recuar”, avalia. 

Uma maneira de equilibrar 

Já o cientista político Lehninger Mota diz que Trump começou a implementar taxações sob a alegação de que era uma forma de igualar políticas que os outros países já aplicavam aos EUA. “Muitos países cobravam taxas sobre produtos americanos, enquanto os Estados Unidos não cobravam nada, então ele falou em equiparar, tratar parceiros como parceiros e punir quem não era parceiro. Em um primeiro momento fazia sentido econômico, mas depois ele se perdeu nesse processo e passou a usar a taxação como ferramenta política — direcionando tarifas a países que não concordam com a linha política dos Estados Unidos, sem base econômica real”, explica.  

“No caso do Brasil, ele avança ainda mais: quer justificar uma tarifa de 50% falando em censura e outros temas que não competem à economia. A economia é responsabilidade do governo federal, e decisões judiciais são prerrogativa da Suprema Corte, um poder independente. Trump está abrindo um precedente perigoso, usando taxação como uma espécie de retaliação política. Ele quer interferir nas decisões internas do Brasil e na sua soberania — especialmente agora, ameaçando taxar produtos brasileiros em 50%, o que é um completo absurdo”, declara o especialista.  

“Não dá para entender uma política dessa natureza. Quando o debate é sobre isonomia tributária entre países, é válido. Mas quando se usa a tributação como instrumento de pressão política, ultrapassamos um limite grave. O Brasil sempre prezou por uma diplomacia pacífica, baseada em diálogo e acordos multilaterais. Entrar nesse tipo de confronto é um caminho inédito e perigoso”, observa. 

Supertaxação é uma clara sanção contras as instituições brasileiras

Para a cientista política Rejaine Pessoa, a supertaxação do governo americano sobre os produtos brasileiros é uma clara sanção contra as atitudes das instituições brasileiras no julgamento de Jair Bolsonaro. “É muito mais uma decisão política do que comercial, e isso traz inúmeras consequências. Uma delas é o aumento dos preços dos produtos brasileiros nos Estados Unidos, afetando diretamente o consumidor norte-americano, que vai sentir mais os impactos do que o brasileiro.”  

“Veja bem: em 2024, o Brasil importou dos Estados Unidos 15%, e os Estados Unidos exportaram para cá 12%. Isso mostra que são parceiros comerciais e que os EUA não têm um déficit, como Donald Trump gosta de afirmar. Mas ele tem esse ego de negociador global, de dominador e, como Bolsonaro, não exerce bem o poder do diálogo. Trump usa a taxação como ferramenta de barganha, dizendo que abre espaço para negociar… Negociar o que exatamente? Essa nova tarifa vai sobrepor as que já estão em vigor. Com essa atitude, ele ultrapassa o nível de protecionismo brasileiro por muito”, questiona. 

Rejaine aponta que, no fundo, essa carta de Trump é um movimento político claro: é apoio ao aliado Bolsonaro, uma tentativa de pressionar o governo brasileiro, de intervir no processo judicial. “Só que o Judiciário brasileiro é independente. A expectativa imediata é que se resolva a parte comercial, porque a política é responsabilidade do Brasil e integra sua soberania — que, inclusive, é um pilar de qualquer democracia. Talvez Trump tenha esquecido disso”, argumenta. 

“Ele está misturando as coisas, atropelando os limites e, como de costume, fazendo barulho nos holofotes mais para chamar atenção do que para resolver assuntos reais. Claro que sabemos que decisões políticas impactam as comerciais. Mas aqui, o que vemos é uma tentativa de barganha que coloca em risco as sociedades de duas nações — tudo por causa de um aliado condenado judicialmente. Isso não faz parte de um jogo democrático, muito menos civilizado”, aponta. 

Aspectos econômicos e políticos  

A economista e professora da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Adriana Pereira de Sousa afirma que os impactos econômicos dessa medida, para o Brasil, são inegáveis. “As exportações para o mercado norte-americano devem sofrer retração imediata, afetando especialmente setores como o aço, o alumínio, calçados e até mesmo produtos agrícolas, que conquistaram participação significativa no mercado dos Estados Unidos nos últimos anos”, descreve. 

“Pode ser que essa ação do presidente Trump seja uma retaliação velada ao fortalecimento do Brasil junto ao Brics. O bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que agrega também outros países, tem ampliado sua presença global, inclusive propondo alternativas ao sistema financeiro internacional dominado pelo dólar. Tal movimento contraria diretamente os interesses norte-americanos, que veem no Brics um potencial rival estratégico de longo prazo”, alerta a especialista. 

“Em um mundo cada vez mais multipolar, competitividade e diplomacia estratégica são as armas mais seguras para proteger o desenvolvimento econômico e a soberania nacional. Em vez de lamentar, é hora de agir — com pragmatismo, visão de longo prazo e coragem para rever prioridades e se fortalecer tanto no mercado interno quanto no mercado internacional”, pondera. 

Agronegócio brasileiro 

Ainda, o bolsonarismo pode entrar em choque direto com o setor do agronegócio brasileiro, uma vez que, de acordo com a avaliação da economista Ana Luiza Souza, que tem doutorado na área, a imposição da tarifa norte-americana trará consequências severas, principalmente para o setor agropecuário brasileiro. “A tarifação de produtos brasileiros pelos Estados Unidos levará a uma contração da demanda norte-americana por nossas commodities e produtos industriais. Setores como suco de laranja, insumos industriais e especialmente carnes e minérios sofrerão uma redução drástica nas exportações”, avalia. 

A resposta sugerida pelo governo brasileiro, de reciprocidade econômica, com a taxação de produtos importados dos EUA, não é vista pela especialista como uma solução viável. “Essa política de reciprocidade tarifária não resultará em um cenário positivo para a economia brasileira. O encarecimento de insumos para a indústria e o próprio agronegócio, que seriam importados dos EUA, apenas agravaria a situação”, adverte. (Especial para O Hoje)

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