Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) voltaram a crescer em Goiás, atingindo todas as faixas etárias, de crianças a idosos, e pressionando os serviços de saúde. Dados do Painel da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) mostram que, em 2025, já foram registrados 9.342 casos no estado, sendo 4.859 em homens (52,01%) e 4.482 em mulheres (47,99%).
Em Goiânia, foram confirmados 76 casos de covid-19, 270 de influenza, 442 provocados por outros vírus respiratórios, além de 70 ainda em investigação. Também aparecem notificações classificadas como “não especificadas” (472) e por agente etiológico definido (6). Em Aparecida de Goiânia, os registros somam 61 casos de covid-19, 190 de influenza, 318 por outros vírus respiratórios, 20 em investigação, 375 não especificados e 5 por agente etiológico.
O avanço da doença acompanha a tendência nacional apontada pelo Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, além da influenza, a covid-19 voltou a afetar principalmente idosos em Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Espírito Santo. Crianças e adolescentes de 2 a 14 anos também estão entre os mais atingidos, com alta de casos relacionados ao rinovírus.
A situação em Goiás já havia levado o governo estadual a decretar emergência em saúde pública em julho deste ano, após a notificação de mais de 6 mil casos apenas no primeiro semestre, o que representou aumento de 33% nas solicitações de internação. Até agora, o Brasil soma mais de 176 mil casos de SRAG em 2025, com 10.500 mortes registradas.
Entre os vírus em circulação estão influenza, covid-19, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus. A Fiocruz reforça a importância da vacinação, do uso de máscaras em locais fechados e dá atenção aos sintomas. A doença, que compromete a oxigenação do sangue, pode evoluir rapidamente em grupos vulneráveis e exige resposta rápida dos serviços de saúde.
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