A Austrália anunciou nesta segunda-feira (15) planos para reforçar suas leis de controle de armas após um ataque a tiros ocorrido durante uma celebração judaica de Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Anthony Albanese depois de uma reunião do Gabinete Nacional com líderes estaduais e territoriais, realizada um dia após o atentado.
Em publicação em seu perfil na rede X, Albanese afirmou que convocou o Gabinete Nacional para responder ao ataque e declarou apoio à comunidade judaica australiana. Ele disse que o país se opõe ao ódio e à violência e que permanecerá unido diante do episódio. “A Austrália é mais forte do que aqueles que tentam nos dividir e superaremos isso juntos”, declarou.
Foto: Reprodução/ @AlboMP
Proposta prevê licenças apenas a cidadãos australianos
Segundo o governo, o pacote de mudanças prevê restrições adicionais para a concessão e a manutenção de licenças de porte de armas. Entre as medidas propostas está a limitação das licenças apenas a cidadãos australianos, além da imposição de novos limites para o número e os tipos de armas de fogo que poderão ser possuídos. O plano também estabelece restrições às licenças sem prazo determinado, exigindo que os proprietários solicitem novamente a aprovação para manter o porte.
A polícia informou que o atentado foi cometido por um pai e um filho. O homem de 50 anos morreu após uma troca de tiros com os agentes no local. Ele possuía uma licença válida para armas de caça recreativa e era proprietário legal de seis armas longas. Apesar disso, não era cidadão australiano. O filho, de 24 anos, que é cidadão do país, foi hospitalizado em estado grave.
Primeira grande revisão desde Port Arthur
Se aprovadas, as mudanças representarão a primeira grande revisão das leis de armas da Austrália desde o massacre de Port Arthur, em 1996, quando o país adotou uma legislação mais rígida sobre o tema. O governo também anunciou a intenção de acelerar a criação de um Registro Nacional de Armas de Fogo, com o objetivo de reunir dados mantidos por estados e territórios sobre quem possui armas e em que quantidade.








