O Aterro Sanitário de Goiânia foi apontado como um dos três mais críticos do país pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abrema). Em nota técnica divulgada nos últimos dias, a entidade afirma que os aterros de Goiânia, Manaus e Teresina “estão na iminência de vivenciar desastres ambientais similares ao ocorrido em Goiás”, em referência ao colapso do lixão de Padre Bernardo.
De acordo com a Abrema, a situação nas três capitais foi classificada como “estado de alerta máximo”. A entidade afirma que as estruturas apresentam sinais claros de instabilidade e, se não houver uma intervenção imediata, “as consequências poderão ser catastróficas para o meio ambiente e para a saúde pública”. Os problemas incluem falhas estruturais, operação irregular e proximidade com áreas urbanas.
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No caso de Goiânia, a associação menciona a ausência de sistemas adequados de controle de gases e chorume, sobrecarga no volume diário de resíduos e fragilidade nos taludes. A Abrema afirma que “a falta de manutenção adequada e a negligência na gestão desses aterros sanitários têm contribuído para o agravamento da situação”.
A entidade cita ainda o risco de explosões e deslizamentos em locais onde não há controle de biogás. Segundo a nota técnica, “a ausência de sistemas eficazes de drenagem e contenção de chorume aumenta o risco de contaminação do solo e dos lençóis freáticos”.
A Abrema também aponta a necessidade urgente de modernização nos processos de tratamento e disposição dos resíduos. “É essencial que os gestores públicos adotem soluções sustentáveis e inovadoras para o gerenciamento de resíduos sólidos, evitando assim tragédias anunciadas”, diz a associação.
A tragédia de Padre Bernardo, ocorrida no mês passado, é citada como um exemplo do que pode ocorrer em outras cidades. No caso, uma estrutura de resíduos sólidos desmoronou, causando a liberação de toneladas de lixo e chorume, o que provocou forte impacto ambiental e mobilização emergencial das autoridades estaduais.
Em resposta indireta, a Semad reforçou que “cabe ao município resolver isso” e reiterou que segue acompanhando a situação do Aterro Sanitário de Goiânia. A pasta informou que mantém as fiscalizações por meio do programa Lixão Zero.
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