Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que os últimos acontecimentos no cenário político enfraqueceram pautas da direita e podem comprometer uma eventual candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à presidência. O governador de São Paulo, que havia adotado discursos e movimentos de pré-campanha, acumula derrotas e enfrenta pressões internas no campo bolsonarista.
No início do mês, Tarcísio liderou em Brasília articulações pela anistia aos condenados de 8 de janeiro e radicalizou no 7 de Setembro, quando chamou o ministro Alexandre de Moraes de “tirano”. A proposta, no entanto, perdeu força após manifestações contrárias em várias capitais e passou a ser associada à chamada PEC da Blindagem, que dificulta investigações contra parlamentares.
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A agenda de votações, inclusive, foi discutida com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), em encontro no Palácio dos Bandeirantes. Diante da resistência, o governador recuou e afirmou que a anistia era apenas um “caminho para a paz dialogada”.
Além disso, Tarcísio enfrenta atritos com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que já cogita disputar a presidência, mesmo com a presença do governador. Outro revés ocorreu após o anúncio de diálogo entre os presidentes Lula (PT) e Donald Trump, dos Estados Unidos, sobre tarifas. Em julho, Tarcísio buscou negociar o tema com representantes norte-americanos, mas não obteve avanços e recebeu críticas de Eduardo.
Apesar da movimentação de pré-campanha, Tarcísio reafirma que tentará a reeleição em São Paulo. Reservadamente, porém, admite que só enfrentará Lula se houver cenário favorável. (Especial para O HOJE)
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