O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, alertou nesta quinta-feira (25) sobre a crescente ameaça representada pelas atividades espaciais russas. Ele citou dois satélites russos rastreando os Intelsat usados por forças alemãs e outros, durante conferência espacial realizada em Berlim. Pistorius afirmou que Rússia e China expandiram rapidamente suas capacidades de guerra no espaço, capazes de interromper operações de satélites, cegar, manipulá-los ou até destruí-los cineticamente.
O ministro destacou a importância de negociações internacionais sobre o desenvolvimento de capacidades ofensivas como forma de dissuasão, citando os satélites Luch Olymp russos usados para monitorar os Intelsat. O alerta reflete preocupações com a segurança de satélites estratégicos e com a crescente competição militar no espaço.
Enquanto isso, o Irã anunciou a assinatura de um acordo de US$ 25 bilhões com a Rússia para a construção de quatro novas usinas nucleares na cidade costeira de Sirik, província de Hormozgan, informou a agência estatal IRNA nesta sexta-feira (26). As usinas, classificadas como de “terceira geração” pela Rosatom, empresa estatal russa, devem gerar 5 mil megawatts de eletricidade, quantidade suficiente para abastecer milhões de residências em meio à escassez energética nos períodos de pico.
Mohammed Eslami, chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, afirmou que o projeto está em desenvolvimento há dois anos e entrará em fase de contrato e projeto em poucos dias. O país já opera a usina de Bushehr, também construída pela Rússia, com capacidade de mil megawatts.
O acordo foi firmado paralelamente à Semana Atômica Mundial, em Moscou, e ocorre três meses após ataques israelenses, com apoio dos Estados Unidos, ao programa nuclear iraniano. O Irã ainda não revelou a extensão dos danos causados a suas instalações, nem a data de conclusão das novas usinas.
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