No último domingo (1º), uma adolescente de 17 anos, identificada como Ana Luiza de Oliveira Neves, morreu após comer um bolo de pote envenenado, entregue em sua casa em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
O doce havia sido enviado por um motoboy, junto a um bilhete, e consumido pela adolescente, que começou a passar mal pouco depois. Encaminhada ao hospital, ela recebeu alta com diagnóstico de intoxicação alimentar, mas voltou a ter complicações e faleceu no dia seguinte após uma parada cardiorrespiratória.
As investigações revelaram que o bolo estava contaminado com óxido de arsênico, um veneno potente adquirido pela internet. A substância foi misturada a um brigadeiro branco caseiro e colocada sobre o bolo, que havia sido comprado de uma microempreendedora.
Desdobramentos
A autora do crime é outra adolescente de 17 anos, que confessou ter planejado a ação por “ciúmes e raiva”. Segundo ela, a intenção era apenas dar um “susto” nas vítimas. A suspeita também foi responsável por outro caso semelhante, ocorrido em 15 de maio, quando uma jovem recebeu um doce envenenado e precisou ser hospitalizada, mas sobreviveu.
A menor foi identificada por meio de câmeras de segurança e conversas registradas em aplicativos de mensagens. Após a confissão, a Justiça determinou sua apreensão. O caso agora está sob responsabilidade da Vara da Infância e Juventude.
Por ter menos de 18 anos, a adolescente não pode ser responsabilizada criminalmente, mas responderá por ato infracional análogo a homicídio e tentativa de homicídio, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ela poderá cumprir medidas socioeducativas de no mínimo 3 anos, caso a Justiça assim decrete.
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