O acordo fechado por Israel e o grupo Hamas na quarta-feira (8) visto como a primeira fase de um plano de paz mais amplo, foi recebido com otimismo por líderes internacionais, que expressaram apoio público à iniciativa.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia continuará a apoiar a entrega rápida e segura de ajuda humanitária a Gaza e que “quando chegar a hora, estaremos prontos para ajudar na recuperação e reconstrução”. Já a chefe de política externa do bloco, Kaja Kallas, descreveu o pacto como “uma oportunidade real de pôr fim a uma guerra devastadora e libertar todos os reféns”.
Emmanuel Macron escreveu na rede X que o acordo traz grande esperança para reféns, familiares e palestinos, destacando o papel dos mediadores do Catar, Egito e Turquia. O presidente francês pediu que “todas as partes para que cumpram rigorosamente os seus termos. Este acordo deve marcar o fim da guerra e o início de uma solução política baseada na solução de dois Estados”.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, classificou o acordo como encorajador e capaz de oferecer nova esperança aos reféns e à população de Gaza. Ele fez um apelo para “todas as partes para cumprirem suas promessas, acabem com a guerra e abram caminho para uma paz duradoura”.
Na Itália, a primeira-ministra Giorgia Meloni chamou o anúncio de “notícia extraordinária” e uma oportunidade única para encerrar o conflito. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, declarou que o país está disposto a enviar tropas caso sejam necessárias forças de paz.
No Reino Unido, Keir Starmer afirmou que este é um momento de profundo alívio sentido em todo o mundo mas “particularmente pelos reféns, suas famílias e pela população civil de Gaza”.
Na Turquia, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan agradeceu Donald Trump e elogiou sua vontade política. Disse ainda que a Turquia, como mediadora, acompanhará de perto a implementação do acordo.
Autoridades da Rússia, Paquistão, Índia, Nova Zelândia, Argentina, Austrália, Canadá e Irlanda também se pronunciaram elogiando a decisão.
Foto: Cidade de Gaza após ataque israelense. (Foto: Agência Palestina de Notícias e Informações (Wafa)/ Wikimedia Commons)
Brasil saúda acordo
No Brasil, o governo divulgou uma nota saudando o acordo, o Itamaraty reconheceu o papel dos Estados Unidos e destacou a atuação de países mediadores como Catar, Egito e Turquia.
“O acordo, caso venha a ser efetivamente implementado, deverá interromper os ataques israelenses contra Gaza, os quais provocaram mais de 67 mil mortes – com grande número de mulheres e crianças entre as vítimas -, o deslocamento forçado de quase dois milhões de moradores e devastação sem precedentes, com a destruição de grande parte da infraestrutura civil do território”, afirmou o comunicado.
Ainda, é ressaltada a dimensão humanitária do entendimento e defendeu que o cessar-fogo traga alívio imediato à população civil, e defendeu a solução de dois Estados: “O Brasil reafirma a convicção de que uma paz justa, estável e duradoura no Oriente Médio passa pela implementação da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel”.
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