Na alta temporada de julho, a procura de rios e lagos como ambiente de lazer pode elevar o número de acidentes. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), o mergulho em águas rasas pode resultar em lesões graves e permanentes na coluna cervical. Em muitos casos, o acidente é uma consequência de múltiplas posturas de descuido nestes ambientes de lazer.
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“Nem todos os rios, cachoeiras ou ambientes aquáticos dessa categoria contam com a estrutura de um salva-vidas ou de boa sinalização. Mesmo com isso, pessoas ainda mergulham em águas desconhecidas, ou após o consumo de álcool. Esses são agravantes para o risco de acidentes”, informa o Tenente Coronel Lobo, do CBMGO.
Saiba as orientações para evitar acidentes em águas rasas
O Tenente Coronel Lobo, do CBMGO, elenca algumas precauções para serem tomadas nesses ambientes de lazer durante as férias. Segundo ele, é essencial evitar mergulho em águas turvas e desconhecidas, principalmente de cabeça. “Se for um local de profundidade desconhecida, em caso de mergulho, o banhista deve mergulhar de pé, para que o impacto seja com os pés. Se o mergulho for de cabeça num local raso, há risco de trauma de medula”, informa o tenente.
De acordo com a médica ortopedista Luna Mangueira, especialista em coluna do Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO), “Em muitos casos, a pessoa perde os movimentos dos braços e das pernas imediatamente após o trauma”, afirma.
Além disso, também é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas nas proximidades de ambientes aquáticos. “A bebida alcoólica, pode prejudicar a sua capacidade motora e seu condicionamento aeróbico, e, desse modo, há prejuízos à noção de risco e coordenação motora”, explica o Tenente Coronel Lobo.
O que fazer em caso de acidentes?
A CBMGO orienta que, em caso de acidente por traumatismo, a vítima seja imobilizada fora do ambiente aquático, e o socorro especializado deve ser contatado imediatamente. “Nesse tipo de acidente, qualquer movimento feito sem conhecimento pode agravar lesões já existentes”, informa o Tenente Coronel Lobo.
Lesões mais severas demandam internações prolongadas e podem evoluir com complicações, como infecções pulmonares, úlceras por pressão, tromboses e alterações no funcionamento do sistema nervoso autônomo. Por esse motivo, é essencial contatar a equipe especializada o quanto antes. “Alguns pacientes chegam horas depois, já com complicações que reduzem as chances de recuperação. O ideal é que a descompressão da medula ocorra nas primeiras 48 horas”, alerta a ortopedista Luna Mangueira.
O Tenente Coronel Lobo também explica o que deve ser feito em caso de afogamento. “Se for identificado um início de afogamento, uma pessoa sem treinamento nunca deve mergulhar em resgate. Isso pode, na verdade, gerar uma segunda vítima. Nesse caso, deve ser lançado um objeto que proporcione flutuabilidade para a pessoa, como a tampa de uma caixa de isopor, uma corda, ou até um galho de árvore”.
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