Após o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que durou mais de 12 horas, os magistrados avaliam como será a leitura desta quinta-feira (11), quando haverá a retomada do julgamento da chamada trama golpista. Cármen Lúcia e Cristiano Zanin serão os dois últimos ministros a votar no julgamento do núcleo crucial da trama golpista. A expectativa, tanto da acusação quanto das defesas, é que ela confirme o voto pela condenação de Bolsonaro, formando maioria. O objetivo é trabalhar para manter o seguinte roteiro: nesta quinta, os dois votos são concluídos; e, nesta sexta (12), começa a definição das penas.
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Tal decisão, leva em conta a situação de cada réu, atenuantes, agravantes. A partir daí, é feito uma média das penas dos votos da maioria. Os votos dos dois devem ser extensos, por conterem muitas páginas, segundo interlocutores. Porém, há uma avaliação de que eles poderiam ler um texto mais resumido que possui os argumentos mais importantes sobre os réus, os crimes e as provas da tentativa de golpe.
Todos os acusados por tentativa de golpe de Estado respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações relativas a fatos ocorridos após a diplomação e responde somente a três dos cinco crimes. A regra está prevista na Constituição.
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