A viagem de férias do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a Europa durante o recesso parlamentar gerou forte reação entre aliados e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O senador deixou o Brasil na última quinta-feira (17), na véspera da operação da Polícia Federal que impôs medidas cautelares ao pai, como o uso de tornozeleira eletrônica. A ausência em um momento delicado para a direita foi vista como descaso e provocou uma onda de críticas, inclusive de nomes próximos à família, como o blogueiro Allan dos Santos.
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Na tentativa de justificar a ausência, Flávio afirmou no X (antigo Twitter) que a viagem havia sido programada com a família desde o ano passado e que mantém contato diário com o pai e aliados. Apesar disso, o gesto não foi bem recebido. Críticas partiram tanto da esquerda — que o acusou de fugir do País — quanto da própria base bolsonarista, que cobrou do senador mais compromisso com o momento político. “Você está com seu pai em prisão domiciliar e prioriza férias?”, questionou uma apoiadora.
As críticas ganharam ainda mais força após a exclusão de um post em que Flávio sugeria que os Estados Unidos trocassem a taxação de 50% ao Brasil por sanções aos perseguidores de Bolsonaro — ação supostamente liderada por seu irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deixou o Brasil em março. Para muitos, a postura vacilante contrasta com a atuação ativa de Eduardo, que tenta articular com aliados de Trump medidas contra o STF. “O Eduardo, sim, é corajoso”, comentou uma seguidora.
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