O tarifaço de 50% anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil colocou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em uma saia justa. A taxação, motivada pelo que Trump classificou como “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acendeu o alerta entre empresários e aliados do chefe do Executivo paulista, vistos como seus principais entusiastas na corrida ao Planalto.
Tarcísio, que era apresentado como nome da direita moderada, viu-se encurralado. Tentou agradar o bolsonarismo com a defesa do ex-presidente, ao mesmo tempo em que tentava alinhar o discurso ao setor econômico paulista. O resultado foi desgaste com ambos.
Empresários passaram a questionar se apoiar Tarcísio entregaria, na prática, o poder novamente ao bolsonarismo. Já entre os aliados mais radicais do ex-presidente, o governador virou alvo de cobrança por uma defesa mais intensa dos interesses de Bolsonaro.
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Agora, Tarcísio tenta modular o discurso e afastar o tom político da crise, com foco nos impactos econômicos da medida para São Paulo. Porém, a dificuldade de equilibrar esses interesses ameaça seu projeto nacional, ainda mais sem a garantia pública de apoio de Bolsonaro — que tem outras opções para herdar seu capital político.
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