A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta terça-feira (10) os interrogatórios de investigados ligados à tentativa de golpe de Estado em 2022. Os depoimentos fazem parte da ação penal do chamado “núcleo crucial” da trama golpista. O almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, é o próximo a ser ouvido, com início previsto para as 9h.
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Os interrogatórios seguem ordem alfabética, com exceção do tenente-coronel Mauro Cid, que foi o primeiro por ter firmado acordo de delação premiada. Ele afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu e editou o documento conhecido como “minuta do golpe”, que previa prisões de ministros do STF e do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Cid também disse que Bolsonaro nunca discutiu com ele ações para desmontar os acampamentos golpistas em frente a quartéis após a eleição.
Além de Garnier, ainda serão ouvidos Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Braga Netto e o próprio Bolsonaro. Já o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, negou ter formado grupo para desacreditar urnas eletrônicas. A Procuradoria-Geral da República, no entanto, aponta um documento vinculado a Ramagem que fala sobre vulnerabilidades no sistema eleitoral.
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