O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lançou neste sábado (16) sua pré-candidatura à Presidência da República para as eleições de 2026. O anúncio ocorreu no Encontro Nacional do Novo, em São Paulo, que reuniu mais de 1.500 pessoas, entre dirigentes, parlamentares e apoiadores da legenda.
No discurso, Zema evitou citar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas direcionou críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao Brics, bloco econômico do qual o Brasil faz parte com países como China, Índia e Rússia.
“Esse é o Brasil real, o Brasil que não espera, que não aceita favor, nem esquema. É o Brasil que nós queremos: que trabalha, inventa, arrisca. E é com esse Brasil bravo que vamos chegar a Brasília para varrer o PT do mapa, para acabar com os abusos e perseguições de Alexandre de Moraes, para libertar o Brasil”, afirmou Zema.
Críticas a Lula, ao STF e à política externa
Durante sua fala, Zema disse que o Brasil está “caminhando para uma crise econômica” e classificou a visão do atual governo como “uma idiotice sem tamanho”. Ele defendeu a saída do país do Brics e criticou a aproximação do Brasil de regimes que chamou de “autoritários”.
O governador também prometeu propor a classificação de facções criminosas como organizações terroristas, retomando um debate rejeitado anteriormente pelo governo federal. Além disso, afirmou que pretende “acertar as contas com o lulismo” e enfrentar o que chamou de “parasitas do Estado”.
Em referência indireta a São Paulo e ao Rio de Janeiro, Zema disse que em Minas Gerais não há áreas controladas por facções criminosas. Ele destacou ainda que seu governo atraiu R$ 500 bilhões em investimentos privados, alegando que o país é competitivo “quando o governo não atrapalha”.
A plateia respondeu com gritos de “Fora Lula” e “Fora Xandão”. Imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Alexandre de Moraes foram exibidas no telão e vaiadas pelos presentes.
Perfil e apoio no Partido Novo
Romeu Zema, de 59 anos, é natural de Araxá (MG) e empresário do setor varejista. Formado em administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), presidiu o Grupo Zema por mais de duas décadas. Entrou na política em 2018 e foi eleito governador de Minas Gerais no segundo turno contra Antonio Anastasia (PSDB), com 71% dos votos. Em 2022, foi reeleito no primeiro turno com 56,18% dos votos válidos.
O evento em São Paulo contou com a presença de lideranças do Novo, como o deputado federal Marcel Van Hatten (RS), o senador Eduardo Girão (CE), o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol e o presidente nacional do partido, Eduardo Ribeiro. Em discurso, Ribeiro também afirmou que o Novo pretende “varrer o petismo do mapa”.
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