Na última terça-feira (17), o Congresso derrubou trechos do veto presidencial aplicados por Lula ao Marco Regulatório da Energia Offshore, legislação que trata da geração de energia por meio de turbinas eólicas no mar. Com a decisão dos parlamentares, estima-se um impacto de R$ 197 bilhões, que deve recair sobre o aumento das tarifas de energia elétrica.
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) foi uma das primeiras a se manifestar, divulgando um vídeo em que atribui a responsabilidade pelo aumento à atuação de deputados e senadores da oposição e do centrão. Segundo ela, as emendas aprovadas durante a tramitação do projeto de regulamentação da energia eólica offshore “votaram contra o povo” e terão impacto direto sobre o valor das tarifas.
Estimativas do governo federal apontam que as mudanças podem gerar um custo adicional de aproximadamente R$ 500 bilhões aos cofres públicos ao longo dos próximos 15 anos.
Em sua manifestação, Hilton também mencionou outras medidas aprovadas recentemente pelo Congresso que, segundo ela, oneram a população, como a taxação de compras internacionais. Ainda sem citar nomes diretamente, a parlamentar fez críticas ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Nikolas rebateu as acusações e afirmou ter votado a favor da manutenção do veto presidencial que impediria o aumento da conta de luz. “Fui a favor da manutenção do veto e isso pode ser facilmente visualizado no site do Congresso Nacional. Mesmo sendo opositor ao Lula, votei para manter o seu veto, simplesmente por coerência. E no fim das contas, os que mais me acusam de fake news são os que mais fazem contra mim”, declarou. O embate entre os dois parlamentares nas redes sociais já havia se intensificado anteriormente, especialmente em torno de mudanças no sistema Pix.
No total, 347 deputados e 48 senadores votaram contra a manutenção do veto. No próprio Partido dos Trabalhadores, sete senadores e 63 deputados apoiaram a queda do veto presidencial. A decisão também foi respaldada por parte da base governista: sete deputados do PCdoB, dez senadores e 28 deputados do MDB, um senador e dez deputados do PSB. Além disso, 11 senadores e 33 deputados do PSD. O União Brasil, com dois senadores e 39 deputados, também votou majoritariamente contra a manutenção do veto.
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