O Partidos dos Trabalhadores em Goiás ainda não revelou quem disputará as eleições para o Governo do Estado em 2026. Sabe-se, até o momento, que o vereador Edward Madureira (PT) mantém como foco principal a busca por uma cadeira na Câmara dos Deputados. Já a bancada do partido de Lula na Assembleia Legislativa (Alego), formada por Bia de Lima, Antônio Gomide e Mauro Rubem, deseja continuar na tarefa de representar a legenda na Alego.
No Congresso Nacional, os deputados federais Rubens Otoni e Adriana Accorsi não demonstram interesse em outras disputas que não sejam a busca pela reeleição na Câmara Federal. Presidente do partido em Goiás, Adriana declarou que vai começar a construir no Estado, junto com membros do PT, uma chapa forte para disputar as eleições no próximo ano de forma a favorecer a reeleição do presidente Lula em 2026, aumentar as bancadas de deputados federais e estaduais do partido e ampliar os diretórios no interior do Estado.
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Ao O HOJE, a deputada federal não confirmou um nome para a disputa do Governo do Estado em 2026, mas não descartou a possibilidade de haver candidatura própria ou apoio a outras siglas que possam fortalecer a reeleição de Lula. “Teremos candidatura própria a governador ou vamos compor, com segurança, uma legenda para formar palanque para o presidente Lula.”
A dirigente partidária reiterou que a pré-candidatura para o Governo do Estado deve ser definida ainda em 2025, assim como haverá formação de chapas fortes para garantir mais cadeiras na Alego e na Câmara dos Deputados. “Vamos buscar definir essa pré-candidatura em Goiás antes da virada do ano para ganhar tempo e vamos montar chapas fortes, junto com a frente progressista, para aumentar nossas bancadas estadual e federal.”
Nos bastidores, lideranças políticas da esquerda e da centro-esquerda consideram a possibilidade de aliança com o ex-governador José Eliton que, depois de deixar o PSDB, se filiou ao PSB, mas hoje está sem partido. José Eliton ocupou a vice-governadoria nos dois últimos mandatos de Marconi Perillo (PSDB), quando assumiu o Palácio das Esmeraldas, em abril de 2018, e tentou a reeleição. Mas viu Ronaldo Caiado (UB) ser eleito no primeiro turno.
Lideranças políticas da esquerda, incluindo o PT, e da centro-esquerda consideram a possibilidade de aliança com o ex-governador e marconista, José Eliton (sem partido) – Foto: Reprodução
Desde 2018, José Eliton se posicionou contra a candidatura a presidente de Jair Bolsonaro (PL) e decidiu apoiar Fernando Haddad no pleito daquele ano. Em 2022, já no PSB, participou de articulações para apoiar a volta de Lula à Presidência da República. O vice do petista, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou das articulações que levaram à filiação de José Eliton à época ao PSB.
PT de olho nas cadeiras do Legislativo
“Tenho certeza de que, com união, com trabalho baseado no diálogo e na participação, e voltando cada vez mais o olhar para as nossas bases, para a periferia, para os movimentos sociais, nós vamos eleger uma grande bancada e mostrar que Goiás não é terra da direita. É terra de direitos, é terra do povo trabalhador, que luta, que se organiza, que não tem medo de coronel. Que levanta a cabeça e que vai aumentar a votação do presidente Lula em nosso Estado”, pondera Adriana.
O pré-candidato a deputado federal e sindicalista Delúbio Soares afirma que a sigla trabalha fortemente para a garantia de mais cadeiras no governo estadual e federal. “No próximo período, nós teremos chapas para governadores, senadores, deputados estaduais e federais [em todo o País]. Eu peço que trabalhemos com deputados progressistas de Goiás, tanto no âmbito estadual, quanto no federal”, ressaltou Delúbio, em discurso feito na comemoração de seu aniversário, no último domingo (19).
Já a presidente estadual do PT reafirmou o compromisso dos apoiadores de Lula em manter ligações apenas com partidos que defendem os direitos dos trabalhadores. “Reiterando que só vamos dialogar com as forças políticas que tenham compromisso com a democracia, que aceitem a agenda de mais direitos para a população, justiça social e tributária e que votem contra os privilégios absurdos do andar de cima”, pontuou Adriana. (Especial para O HOJE)