A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem 48 horas, até a manhã de quarta-feira (27), para analisar as explicações apresentadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o descumprimento de medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, Moraes deu um prazo para que a defesa de Bolsonaro esclarecesse questões relacionadas à desobediência de determinações judiciais, a suposta preparação de fuga do Brasil e a reiteração de condutas ilícitas.
Os esclarecimentos foram cobrados pelo ministro na investigação que apura suposta atuação para coagir autoridades brasileiras envolvidas na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. Nas respostas, os advogados de Bolsonaro negaram irregularidades, afirmaram que há falta de indícios nos relatórios da PF e pediram a revisão da prisão domiciliar decretada em 4 de agosto.
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Também rejeitaram que o rascunho de um pedido de asilo político na Argentina, encontrado no celular do ex-presidente, configure intenção de fuga. Os investigadores encontraram no smartphone de Bolsonaro um arquivo editável de 33 páginas com campo para assinatura do ex-presidente. Segundo a PF, o teor do documento revela que Bolsonaro, desde fevereiro de 2024, planejou atos para fugir do País com o intuito de impedir a aplicação da lei penal.
A investigação da Polícia Federal, que já indiciou Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aponta que os dois atuaram para pressionar ministros do STF e parlamentares, além de tentar interferir na ação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. (Especial para O HOJE)
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