O Congresso Nacional foi palco de protesto nesta terça (5), data que marca o retorno dos trabalhos nas duas Casas após o recesso parlamentar. A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dominou o ambiente. Senadores e deputados ocuparam o espaço onde trabalham as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para impedir a abertura das sessões.
Os parlamentares exigem que seja pautado o projeto que anistia os envolvidos na tentativa de golpe de Estado, inclusive o perdão dos crimes cometidos por acusados e condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Outra pauta defendida pelos opositores foi o fim do foro privilegiado.
Por volta das 15 horas, uma das cadeiras era ocupada pelo filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A oposição afirma que impedirá a abertura dos trabalhos até o cancelamento das sessões ou sinalizações para a votação de pautas de interesse.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), classificou como “arbitrária, inusitada e alheia aos princípios democráticos” a ocupação das Mesas Diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados por parlamentares da oposição. Alcolumbre, que também preside o Congresso Nacional, repudiou a movimentação e afirmou que a iniciativa extrapola os limites do debate institucional. “Não há espaço para atitudes que afrontem o rito democrático ou que desrespeitem a harmonia entre os Poderes”, afirmou em nota. (Especial para O HOJE)
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