O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou nesta sexta-feira (26) que entregou sua carta de demissão ao presidente Lula (PT) após pressão da cúpula do União Brasil. No entanto, ele afirmou que seguirá dialogando com líderes do partido para tentar permanecer no cargo até a realização da COP 30, que ocorre em novembro em Belém do Pará.
A decisão vem depois de Sabino não convencer dirigentes da legenda, especialmente o presidente Antonio Rueda, a permitir sua permanência até o fim do ano. Deputado federal licenciado, ele esteve nesta sexta-feira com Lula no Palácio do Planalto.
“Tive uma conversa hoje com o presidente da República, em virtude da decisão do partido ao qual eu sou filiado tomou, de deixar o governo. E vim hoje aqui cumprir o meu papel, entreguei ao presidente a minha carta e o meu pedido de saída do Ministério do Turismo, cumprindo a decisão do meu partido”, disse Sabino em entrevista.
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Ele reforçou a intenção de seguir negociando: “Vou seguir conversando com lideranças do meu partido (…) Acredito no diálogo e que os homens públicos que têm compromisso com a nação vão trabalhar juntos pelo bem do país”.
Lula pediu que Sabino permanecesse no cargo na próxima semana, durante viagem ao Pará para inaugurar obras ligadas à COP30, evento da ONU previsto para novembro. “Está a cargo do presidente Lula [aceitar ou não a carta]”, disse o ministro. Ele confirmou que irá acompanhar Lula em Belém na quinta-feira.
Nos bastidores, há expectativa de encontro entre Antonio Rueda e Lula, com apoio de líderes como Davi Alcolumbre (União Brasil) e Edinho Silva (PT), numa tentativa de aliviar o desgaste entre o partido e o governo.
Enquanto isso, Sabino usará o período para tentar reverter a decisão de sua legenda e permanecer à frente da pasta.
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