O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu para um almoço, nesta quarta-feira (3), ministros ligados ao União Brasil. O encontro aconteceu um dia depois de o partido, junto com o PP, anunciar a saída da base do governo. A reunião já estava marcada, mas ganhou um novo sentido: Lula quis mostrar que, mesmo após o desembarque, parte da sigla ainda pode continuar no governo.
Estiveram presentes Celso Sabino (Turismo), único ministro filiado ao União; Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), sem partido; e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), do PDT. Os dois últimos foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que também participou do almoço.
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Para o Planalto, manter ministros ligados a Alcolumbre é importante para mostrar que não existe consenso na centro-direita contra Lula. Essa imagem pode ser usada como trunfo político na eleição de 2026.
O maior impasse está em torno de Celso Sabino. A decisão da federação União-PP obriga filiados a deixar cargos no governo, mas o ministro não quer sair. Sabino é cotado para se filiar ao MDB do Pará, ligado ao governador Helder Barbalho. O ministro do Turismo tenta reforçar sua permanência ao destacar resultados: 6,5 milhões de turistas estrangeiros até agosto e R$ 26,4 bilhões movimentados na economia.
Mesmo com a federação União-PP agora na oposição, Lula aproveitou o encontro para deixar claro que pretende explorar a divisão interna dos partidos como parte da sua estratégia política.
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