O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de anunciar, no final da tarde desta terça-feira (25), a demissão de Nísia Trindade do cargo de ministra da Saúde. Ela será substituída por Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais. A troca foi oficializada após uma reunião no Palácio do Planalto, onde o presidente comunicou sua decisão a Nísia, que já vinha sendo pressionada por bastidores políticos. A informação foi divulgada com exclusividade pelo colunista do Portal Metrópoles, Igor Gadelha.
O que motivou a troca?
A saída de Nísia não pegou muitos de surpresa. Nos últimos dias, circulavam rumores sobre a insatisfação do governo Lula com a atuação da ministra, especialmente em relação à falta de uma marca forte em sua gestão. Além disso, a pressão do Congresso e de outros membros do Planalto, incluindo o próprio presidente, contribuiu para a decisão. A gestão de Nísia também foi alvo de críticas por não conseguir contornar crises sanitárias com a rapidez esperada.
Após ser avisado sobre a mudança, Padilha, que já foi titular da Saúde durante o governo de Dilma Rousseff, se reuniu com seus principais aliados no Planalto. Ele volta à pasta após mais de uma década, e sua nomeação abre caminho para uma reforma ministerial. A saída de Nísia também impacta o número de mulheres no governo Lula, que agora comandam 9 dos 38 ministérios.
Alexandre Padilha assume o Ministério da Saúde (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
Última atuação de Nísia
Antes de ser demitida, Nísia participou de um evento no Planalto ao lado de Lula, onde anunciou parcerias para a produção de vacinas contra a dengue. A cerimônia, que contou com a presença de autoridades e funcionários do ministério, foi marcada por uma demonstração de apoio à ministra, com aplausos ao seu discurso. Contudo, a saída da ministra foi tratada com naturalidade pelos bastidores políticos, considerando os recentes problemas enfrentados pela pasta.
O futuro da Saúde no governo Lula
A troca de comando na Saúde ocorre em um momento delicado para o governo federal, com uma avaliação de baixa popularidade. A expectativa é que, sob a liderança de Padilha, a pasta consiga retomar a implementação de políticas públicas com maior visibilidade. Um dos programas mais aguardados é o Mais Acesso a Especialistas, que visa reduzir filas e ampliar o acesso da população a exames e consultas especializadas.
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