O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião de emergência nesta quarta-feira (9) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O novo imposto começa a valer em 1º de agosto e representa a alíquota mais alta entre uma série de medidas protecionistas que Trump vem divulgando nos últimos dias.
No comunicado publicado na Truth Social, Trump afirmou que a taxação é necessária por causa da “maneira como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro”, chamando a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) de “desgraça internacional”. Além do Brasil, países como Argélia, Líbia e Filipinas também foram atingidos, mas com tarifas de no máximo 30%.
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Diante da escalada da tensão comercial, Lula reuniu os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) para discutir a resposta brasileira. O governo classificou a medida como “ação política” e avalia contramedidas. Fontes do Planalto consideraram a inclusão de Bolsonaro na justificativa um fator que “foge do plausível” e compromete o diálogo diplomático.
Mais cedo, antes da divulgação da nova alíquota, Alckmin já havia criticado publicamente a possibilidade de aumento de tarifas. “Eu não vejo nenhuma razão para aumento de tarifa em relação ao Brasil. O Brasil não é problema para os Estados Unidos. Então, é uma medida que em relação ao Brasil é injusta e prejudica a própria economia americana”, declarou.
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