O Palácio do Planalto prepara um evento para a primeira semana de abril com o objetivo de marcar uma virada no governo Lula e frear a queda de popularidade da gestão. A iniciativa inclui a reapresentação das medidas adotadas nos dois primeiros anos de mandato, com foco em aumentar o conhecimento da população sobre as ações realizadas.
Além disso, o governo decidirá abandonar o slogan “União e Reconstrução” e adotar um novo lema, centrado nas “entregas” e resultados concretos.
Sidônio Palmeira, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), tem liderado os esforços para reestruturar a comunicação do governo. Após um diagnóstico detalhado, ele concluiu que, embora “muito tenha sido feito”, a população não percebe os avanços.
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A solução proposta é simplificar a linguagem e traduzir os benefícios dos programas de forma clara e direta. Um exemplo é o programa “Pé-de-Meia”, que em 2024 beneficiou 4 milhões de estudantes com uma bolsa de R$ 200, mas cujo impacto ainda não foi suficientemente divulgado.
A nova estratégia de comunicação também busca enfatizar que o “Brasil está virando a página” e se tornando “um país da prosperidade”. O governo pretende usar dados e imagens para mostrar que o alcance de seus programas supera a população de grandes capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro. A ideia é criar uma narrativa positiva que ressoe com o público, especialmente diante do cenário desafiador de inflação e custo de vida elevado, que tem pressionado a aprovação do governo.
A queda na popularidade de Lula é evidente: pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta sexta-feira (7) mostra que 50,85% dos entrevistados avaliam o governo como ruim ou péssimo, enquanto apenas 37,6% consideram ótimo ou bom.