Bruno Goulart
O deputado estadual Clécio Alves (Republicanos) criticou duramente, nesta terça-feira (17), a proposta da Prefeitura de Goiânia de estender por mais 180 dias o decreto de calamidade financeira no município. Durante o Pequeno Expediente da sessão ordinária na Alego, ele afirmou que o parecer técnico do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) já demonstrou a “inexistência” de qualquer situação que justifique o estado de exceção fiscal. “O TCM fez um relatório muito completo e deixou clara a falta de necessidade de aprovação de uma matéria como essa”, afirmou.
No mesmo dia, em reunião da Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento da Assembleia, o secretário municipal da Fazenda, Valdivino de Oliveira, argumentou que Goiânia enfrenta um colapso financeiro oculto.
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Segundo ele, dívidas superiores a R$ 4,8 bilhões não estariam integralmente refletidas nos balanços contábeis. Ele classificou parte dessas obrigações como “dívidas do pendrive”, que não foram registradas adequadamente nos sistemas de controle, incluindo débitos do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Municipais (Imas).
Coluna Econômica
Apesar do tom alarmista adotado pela Prefeitura, a coluna do jornalista Lauro Veiga Filho, do O HOJE, desmentiu a tese de calamidade com base em dados oficiais. Conforme o diagnóstico, a dívida líquida do município caiu 72,6% no início de 2025, enquanto o caixa registrou alta expressiva, alcançando R$ 1,375 bilhão. Além disso, a relação entre a dívida consolidada e a Receita Corrente Líquida está em 19,6%, percentual significativamente abaixo do teto legal de 120%.
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