O vereador de Goiânia, Fabrício Rosa (PT), encaminhou um novo ofício ao delegado-geral da Polícia Civil de Goiás (PC-GO), André Gustavo Corteze Ganga, para reforçar o pedido feito em novembro de 2024 de abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o delegado Humberto Teófilo, que atua na Central-Geral de Flagrantes e Pronto Atendimento ao Cidadão (CGFPAC), em Goiânia. Segundo Rosa, Teófilo é suspeito de violação ao princípio constitucional da impessoalidade, de instrumentalizar a Polícia Civil para fins eleitorais, da prática do crime de homofobia e por violações de normas da própria instituição.
Ao Jornal O Hoje, Fabrício afirmou que ao longo dos últimos meses, tem acompanhado com muita preocupação a atuação do delegado Humberto Teófilo. “Ele tem usado a estrutura da Polícia Civil, a estrutura do Estado, do poder público, para alimentar sua autopromoção pessoal e política, violando princípios básicos da administração pública — especialmente a moralidade, a legalidade — e atacando direitos fundamentais de grupos vulnerabilizados, nesse caso, a comunidade LGBTQIA+”, explicou.
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“Devido a isso, reforcei à Corregedoria da Polícia Civil o pedido de abertura de um processo administrativo disciplinar contra ele, devido às suas várias faltas disciplinares e práticas homofóbicas, abuso de autoridade, violação de direitos e, especialmente, por fazer uso político do símbolo da polícia — a farda, a delegacia, os recursos do Estado — e das operações policiais para fins políticos”, completou.
“Um dos casos mais graves envolveu a prisão de um gerente de um estabelecimento no centro de Goiânia. Sem nenhuma prova, indício ou comprovação concreta, o delegado publicou vídeos nas redes sociais atacando abertamente a população LGBTQIA+ e criminalizando encontros homoafetivos. Ele alegou a existência de pornografia infantil e exploração sexual de crianças e adolescentes, o que não se confirmou. Inclusive, laudo técnico da perícia da Polícia Técnico-Científica apontou que não havia qualquer vestígio de pornografia infantil ou prática criminosa nos computadores apreendidos”, completou.
O vereador comenta que já havia denuncia Teófilo anteriormente à Corregedoria. “Agora reiteramos esse ofício. Além disso, ele também perseguiu um homem gay que vivia um romance com outro rapaz no prédio onde morava. Acusou-o falsamente de estupro. Esse empresário ficou preso por 10 dias até que as câmeras de segurança mostraram que se tratava de um relacionamento consentido entre dois adultos. Se não houvesse imagens, ele poderia estar preso até hoje, sob uma acusação gravíssima”, destacou.
“Esse delegado também tem perseguido advogados e outros grupos. É fundamental que a Polícia Civil cumpra a legislação e não se permita ser usada por pessoas que buscam aplausos, curtidas e compartilhamentos nas redes sociais — fazendo uso político indevido dos recursos públicos e do poder estatal”, finalizou.
O post Fabrício Rosa aponta que Humberto Teófilo utilizou a estrutura do Estado para fins eleitorais e para cometer crimes de homofobia apareceu primeiro em O Hoje.