O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), negou participação nas irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou ter acobertado os desvios nos descontos de aposentados e pensionistas. Lupi prestou depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no INSS nesta segunda-feira (8).
“Eu não tenho qualquer condenação do Poder Judiciário. Desvios, eu nunca fiz na minha vida. Não acobertei nada ou fui conivente. Espero que todos os servidores do INSS que foram coniventes com as fraudes sejam presos. Estou neste colegiado como colaborador, fui convidado e não convocado”, afirmou o ex-ministro.
O presidente nacional do PDT pediu demissão da pasta em maio, quando o escândalo veio à tona. Lupi é um dos principais alvos da CPMI pois era o ministro do INSS quando os desvios bilionários foram revelados. Além disso, entre 2023 e 2024, já na gestão do ex-ministro, os descontos subiram exponencialmente.
Desde o descobrimento dos desvios, o relacionamento entre o mandatário do PDT e o governo federal não foi o mesmo. Apesar de Lupi não ser citado nas investigações, o entendimento do Planalto é que a opinião pública associou os rombos à gestão do ex-ministro e que mantê-lo seria um erro. O episódio também marcou o distanciamento dos pedetistas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de a pasta ter continuado sob a tutela do partido, na figura Wolney Queiroz.
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