O prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), assumiu a prefeitura de Aparecida com dificuldades herdadas da última gestão. Entre as principais, estavam dívidas superiores a R$ 500 milhões, que incluíam os salários de dezembro e rescisões dos próprios servidores. Para sanar essa situação, o emedebista fez acordo com as categorias e dividiu em três vezes o pagamento dessa última folha de 2024, calculada em R$ 58 milhões. As parcelas foram quitadas nos 100 primeiros dias de gestão.
Havia, ainda, as rescisões dos exonerados em 31 de dezembro (mais R$ 40 milhões). Estas também estão em fase de pagamento, desde este mês. “A cidade estava um caos. Mato alto, sujeira para todos os lados, ruas esburacadas, iluminação precária, coleta de lixo suspensa, os servidores sem receber, as unidades de saúde sem insumos, enfim, um desgoverno total”, afirma Leandro.
Outro débito herdado e citado pelo gestor são R$ 25,5 milhões do subsídio do transporte coletivo; R$ 24 milhões para a gestão do Hospital Municipal de Aparecida (HMAP), administrado pelo Albert Einstein; e R$ 13 milhões para o Banco Andino. Estes débitos paralisavam obras, conforme o chefe do Executivo aparecidense. Havia, ainda, uma dívida acumulada de R$ 1,2 milhão com internet.
Para sanar com agilidade essa situação, Vilela cortou em quase 50% o número de cargos comissionados. Além disso, determinou a realização de operações de limpeza das ruas; troca de lâmpadas; recolhimento de lixo, entulho e carcaças de carros abandonados; tapa-buracos; e revitalização da sinalização de trânsito em toda a cidade. Houve, ainda, a determinação do recapeamento da Avenida J2, no Papillon Park, no trecho sob o viaduto do Anel Viário, logo na primeira semana.
Outra medida foi refazer o asfalto do viaduto, paisagismo, iluminação, pintura e a sinalização de trânsito, além de outras medidas de infraestrutura pela cidade, que estava deficitária. A requalificação do município e manutenção do funcionamento do HMAP contou (e ainda conta) com o apoio integral do Governo Federal, Governo de Goiás e Câmara de Aparecida.
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Vilela também conseguiu que o governo estadual começasse a licitar as obras do eixo viário que ligará a região leste, a partir do Vale das Pombas, à G0-020, conectando à Senador Canedo e Bela Vista de Goiás. Inclusive, ele se comprometeu a regularizar o contrato com o Banco Andino pagando R$ 13 milhões. Após isso, a gestão pretende lançar várias obras de infraestrutura, como os eixos estruturantes nas regiões dos setores Aeroporto Sul, Alto Paraíso, Dom Bosco, Buriti Sereno e na região leste de Aparecida; trincheira no limite dos setores Pontal Sul, Parque das Nações, Itapuã e Buriti Sereno; e duplicação da ponte da Avenida Uirapuru, que liga o setor Morada dos Pássaros ao Itapuã. Os investimentos passam de R$ 72,7 milhões.
“Forasteiro”
Leandro Vilela foi tratado como “forasteiro” durante a eleição de 2024. Na última quinta-feira (24), durante cerimônia de homenagens à jornalistas, na Câmara Municipal, ele brincou com o tema durante discurso. Isso, porque a esposa dele, a primeira-dama Lana Bezerra, já recebeu título de cidadã aparecidense do vereador Dieyme Vasconcelos (PL) e ele não. “Quero dizer a vocês que eu continuo sendo forasteiro, viu gente? Além de não ter nascido aqui, não tenho título também não.”
O prefeito, que é natural de Jataí e atuava na diretoria de operações do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), em Goiânia, transferiu o título de eleitor na véspera da campanha. Durante os primeiros meses do ano, Vilela se dedicou a Aparecida para mostrar que não era, justamente, um “forasteiro”, conforme aliados.