A estratégia do Governo de Goiás em estabelecer vínculos com o Entorno do Distrito Federal (DF) tem novo capítulo nesta semana. Considerado o segundo maior colégio eleitoral do Estado, atrás apenas da Região Metropolitana de Goiânia, o Entorno do DF será palco de vários eventos sociais e agendas políticas do vice-governador Daniel Vilela (MDB). No decorrer desta semana, o emedebista participará de atividades na região ao lado da primeira-dama do Estado e presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Gracinha Caiado.
Nesta terça-feira (11), os dois estarão em Novo Gama e, no sábado (15), em Luziânia, para reforçar a parceria político-administrativa de cada um no Entorno. Em Novo Gama, Daniel e Gracinha participarão de mais uma edição do Goiás Social, projeto voltado para o fornecimento de serviços gratuitos para a população e, logo após, Vilela se reunirá com o prefeito Carlinhos do Mangão (PL), vereadores e empresários do município para discutir assuntos que compreendam as necessidades da comunidade local.
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O vice-governador e a primeira dama, ao percorrerem a região do Entorno e estabelecerem vínculos com políticos e com a população, fizeram com que despertasse o interesse da gestão de várias cidades em conceder a ambos títulos de cidadãos dos municípios pelos quais os dois estiveram presentes. É o caso da edição do Goiás Social realizada em Planaltina de Goiás na última quinta-feira (6), quando Gracinha recebeu o título de cidadã planaltinense.
Na terça-feira será a vez de Vilela receber o título de cidadão novo-gamense. “O vice-governador Daniel Vilela virá acompanhado da primeira-dama Gracinha Caiado e, após o evento, haverá o cumprimento de uma agenda política onde Vilela vai se reunir com empresários, vereadores e algumas lideranças políticas do município de Novo Gama”, disse ao O HOJE o prefeito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão.
Importância da parceria
O secretário de Estado do Entorno do Distrito Federal, Pábio Mossoró, explica a importância do fortalecimento das relações entre o governo estadual e o Entorno no sentido de haver a continuidade dos serviços prestados à região por meio da colaboração da gestão do Estado. “Daniel tem sido presente, constantemente, na nossa região e isso fortalece o vínculo com as lideranças. Sem dúvidas, o nosso sentimento é que o vice-governador possa suceder o governador Caiado e dar continuidade a todo esse serviço.”
Governador Ronaldo Caiado e vice, Daniel Vilela, em inauguração de hospital em Águas Lindas, no Entorno do DF – (Créditos: Jota Eurípedes)
Ao O HOJE, Mossoró destaca características de Vilela que podem influenciar no bom andamento de sua possível gestão como chefe do Executivo goiano. “Vilela é jovem, dinâmico, trabalhador, que preza pelo desenvolvimento do Estado e certamente a expectativa dos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores é que Daniel possa fazer um governo ainda mais presente na nossa região.”
Ações promovidas pelo Estado
Carlinhos do Mangão destaca a importância das ações promovidas pelo Governo de Goiás em Novo Gama e no Entorno do DF. “O Daniel já veio várias vezes aqui e o governador Caiado também. A presença do governo aqui na região é muito importante, porque eles sempre comparecem para entregar benefícios”, avalia o prefeito de Novo Gama.
O jornal O HOJE conversou com o cientista político Lehninger Mota para compreender a estratégia de aproximação do Entorno para fortalecer a gestão de Caiado e ver crescer a popularidade de Daniel de olho nas eleições de 2026. “Se pensarmos na estratégia que o governo possui, que é de fazer uma campanha tradicional com apoio de prefeitos, essa tentativa de aproximação com o Entorno, considerando a região como o segundo maior colégio eleitoral de Goiás, nesse caso a estratégia do governo está correta.”
Mota chama a atenção para os limites que esse tipo de alinhamento político pode gerar na atualidade, a considerar questões relacionadas a ideologias. “É preciso entender que esse tipo de eleição de apoio e transferência de voto por prefeitos tem uma limitação depois do crescimento das questões ideológicas”, observa o cientista político. (Especial para O HOJE)








