Bruno Goulart
Como todos sabem, segurança pública é o centro das atenções do governo goiano. Na última semana, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e o vice-governador Daniel Vilela (MDB) reforçaram a imagem de que a proteção da população e a valorização das forças policiais são o eixo central de suas gestões e, possivelmente, da campanha de 2026. Em uma sequência de eventos, ambos associaram o avanço da segurança ao bom desempenho de Goiás em indicadores sociais e fiscais.
Na última sexta-feira (7), Daniel Vilela representou o governador na entrega da ampliação do Colégio Estadual da Polícia Militar Pastor José Antero Ribeiro, em Bom Jesus de Goiás. Com investimento de R$ 2,84 milhões, a nova estrutura do colégio militar adiciona 18 ambientes, entre salas de aula, setores administrativos e espaços de convivência. A unidade, que integra o modelo educacional disciplinar da rede estadual, é um símbolo da fusão entre educação e valores da segurança pública.
Durante a solenidade, Daniel destacou que o fortalecimento do ensino público é parte do plano de desenvolvimento socioeconômico de Goiás, ao ressaltar que o Estado alcançou o primeiro lugar no Ideb 2024. O vice-governador afirmou que “a educação é o que garante o futuro de sucesso do nosso Estado”, ao associar o mérito à modernização das escolas e à parceria entre governo e comunidade. Desde 2019, Bom Jesus de Goiás já recebeu mais de R$ 64 milhões em investimentos estaduais. Entre eles, recursos para moradias, saúde e infraestrutura, o que reforça a presença do governo no interior.
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No mesmo dia, em Goiânia, o governador abriu o 1º Fórum Militar Nacional de Policiamento Especializado, que reuniu representantes das forças de segurança de 21 Estados. A capital goiana tornou-se, por um dia, o centro da discussão sobre estratégias conjuntas de combate ao crime. Diante de cerca de 100 policiais, Caiado afirmou que “o Estado do crime não pode existir”, ao enfatizar que a integração nacional entre corporações é essencial para fortalecer o policiamento especializado e o compartilhamento de experiências em grandes operações.
O governador lembrou ainda que, desde 2019, a segurança pública se tornou o eixo estruturante de sua gestão, responsável por devolver ao Estado a estabilidade social e administrativa. “A governabilidade se dá no momento em que temos a segurança garantida à população”, declarou Caiado, ao lado da primeira-dama Gracinha Caiado, coordenadora do programa Goiás Social.
Segurança pública goiana propagada em outros Estados
No dia anterior, quinta-feira (6), Caiado participou do 13º Fórum Liberdade e Democracia, em Vitória (ES). Diante de uma plateia formada por empresários, lideranças políticas e jovens empreendedores, o governador defendeu que responsabilidade fiscal e segurança pública são as bases do desenvolvimento.
O chefe do Palácio das Esmeraldas criticou o chamado “balcão de negócios” na política e apontou Goiás como exemplo de gestão eficiente, com R$ 15 bilhões em caixa e um fundo de estabilização de R$ 4 bilhões. “Quando a política é feita com integridade moral, o reflexo para a população é enorme”, afirmou, ao reforçar que a solidez financeira e o controle da criminalidade são fatores que elevam a confiança no Estado.
Ainda durante a semana, o governo lançou o novo Plano Estadual de Educação para Pessoas Privadas de Liberdade. A iniciativa, desenvolvida pelas secretarias de Educação e de Segurança Pública, amplia a oferta de ensino dentro das unidades prisionais e incentiva a ressocialização por meio da leitura, da música e da qualificação profissional. Programas como o “Remição pela Leitura” e o “Viola Goiana” mostram o esforço em unir educação e reintegração social, com redução das reincidências e o fortalecimento de políticas humanizadas de segurança.
Queda de homicídios
Essas ações ocorreram em um momento de resultados expressivos. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) apontam que 86% dos municípios goianos não registraram homicídios em outubro, o melhor desempenho da série histórica iniciada em 2016. Foram 57 casos em 35 cidades, uma redução de 77,7% em relação ao mesmo mês de 2016, quando ocorreram 256 assassinatos. (Especial para O HOJE)








