As cúpulas do União Brasil (UB) e do Progressistas (PP) anunciaram nesta terça-feira (2) que todos os detentores de mandatos que ocupam cargos no governo federal devem deixá-los até 30 de setembro. A medida atinge diretamente os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), deputados licenciados por PP e UB, e abre espaço para punições disciplinares em caso de descumprimento. No mesmo ato, a federação União Progressista também declarou apoio a um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro, embora mantenha a inelegibilidade do ex-mandatário.
O anúncio foi feito em Brasília pelos presidentes das legendas, Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP), em um pronunciamento de menos de três minutos. Segundo os líderes partidários, a decisão busca dar “clareza e coerência” às siglas, que têm sofrido críticas pela permanência de quadros no governo Lula ao mesmo tempo em que atuavam como oposição em votações no Congresso.
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Apesar da medida, apadrinhados políticos devem seguir em cargos estratégicos, como Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Carlos Vieira (Caixa Econômica Federal), ligados a Davi Alcolumbre (UB-AP) e Arthur Lira (PP-AL), respectivamente.
Pré-candidato à presidência, o governador Ronaldo Caiado (UB) celebrou a decisão. Em vídeo publicado nas redes sociais, classificou o movimento como uma vitória de sua posição interna: “Política não se faz com pé em duas canoas. Agora o partido tem identidade clara, tem um norte. Está federado com o PP com um único objetivo: derrotar o PT em 2026 e governar o País com tranquilidade”.
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