Na tarde deste domingo (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta do Hospital DF Star, em Brasília, onde esteve internado desde o início da manhã para a realização de exames laboratoriais e procedimentos dermatológicos. De acordo com o boletim médico divulgado pela instituição, foram identificados um quadro de anemia por deficiência de ferro e uma imagem residual de pneumonia recente detectada na tomografia de tórax.
Segundo o documento médico, Bolsonaro foi submetido à retirada de oito lesões cutâneas localizadas no tronco e no braço direito. O procedimento foi realizado com anestesia local e sedação, sem complicações. O hospital informou ainda que ele recebeu suplementação intravenosa de ferro e deverá continuar o tratamento para hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico e medidas preventivas contra novas broncoaspirações.
Procedimentos médicos e histórico de saúde
Duas das lesões retiradas foram detalhadas no laudo: uma era uma pinta benigna no tronco e outra será encaminhada para biópsia, com diagnóstico ainda pendente. A instituição acrescentou que os resultados do exame anatomopatológico das demais lesões devem ser liberados nos próximos dias.
Os procedimentos deste domingo foram classificados como de baixa complexidade em comparação a intervenções anteriores. Em abril, o ex-presidente passou por uma cirurgia extensa de reconstrução da parede abdominal, que durou aproximadamente 12 horas e exigiu 21 dias de internação. No mês passado, já em prisão domiciliar, Bolsonaro retornou ao mesmo hospital para uma série de exames, que apontaram esofagite, gastrite e sinais de infecções pulmonares antigas.
Além dessas condições, ele tem relatado episódios recorrentes de soluços, que em alguns casos dificultam a fala e provocam vômitos. Esses sintomas são atribuídos por médicos ao atentado sofrido durante a campanha presidencial de 2018, quando foi esfaqueado.
Saída autorizada pelo STF e forte esquema de segurança
Essa foi a primeira vez que Bolsonaro deixou sua residência desde que foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele cumpre prisão domiciliar sob acusação de tentativa de obstrução da Justiça. A saída para o hospital foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.
O deslocamento contou com forte esquema de segurança. O comboio, formado por oito veículos, chegou ao hospital por volta das 8h. Para evitar aglomeração e exposição, o trajeto foi alterado, sem passar pela região das embaixadas. No local, apoiadores foram revistados, mochilas inspecionadas e houve reforço de policiamento.
Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador e filho do ex-presidente, acompanhou o pai durante a internação. Nas redes sociais, ele criticou a operação de segurança e ironizou a vigilância constante. “Homens fardados e armados vigiam como se um senhor de 70 anos pudesse fugir por uma janela, assim como fazem em sua prisão domiciliar”, escreveu em publicação no X (antigo Twitter).
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