A vereadora Aava Santiago (PSDB) protocolou, na última quarta-feira (10), uma representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Goiânia contra o vereador Sargento Novandir (MDB). O pedido ocorreu após o embate entre os parlamentares no plenário da Casa.
Na sessão da última terça-feira (9), Novandir insinuou que parlamentares da oposição teriam abandonado o plenário para obstruir a votação do projeto referente à prorrogação dos contratos temporários dos administrativos da Educação, porém, a proposta não estava na pauta do dia. Ao ser corrigido por Aava, o vereador a atacou ao afirmar que ela “não construiu nada e sequer trocou uma lâmpada na cidade”.
Em seguida, deixou o assento que costuma ocupar, do outro lado do plenário, e sentou-se ao lado da vereadora. O parlamentar, de costas para a transmissão da TV Câmara, murmurou palavras inaudíveis em direção à parlamentar. O presidente em exercício, Anselmo Pereira (MDB), suspendeu a sessão e Aava saiu do plenário, acompanhada de alguns pares.
Na sessão de quarta (10), um novo episódio entre as partes. Durante a assinatura da folha de frequência, Novandir exigiu que a tucana deixasse a cadeira na mesa diretora, se aproximando da parlamentar, que gesticulou para manter distância do emedebista.
A cena chamou a atenção de outros vereadores e servidores presentes, Pereira, novamente, interferiu no caso. As imagens do sistema de segurança foram solicitadas para instruir o processo.
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“O que aconteceu não foi um desentendimento político. Foi quebra de decoro e intimidação, com agravante de violência política de gênero. É tentativa de silenciar uma parlamentar no exercício de seu mandato. Isso não pode ser naturalizado, nem tolerado nesta Casa”, declarou Aava.
A vereadora ainda disse que o parlamentar já acumula sete processos no Conselho de Ética por condutas semelhantes e que Novandir afirmou que ela “iria reagir alegando que é porque é mulher”.
A representação ressalta que, neste caso, as ações do vereador se agravam por configurarem violência política de gênero, em violação ao Código de Ética da Câmara e à Lei nº 14.192/2021, que estabelece medidas de combate a esse tipo de violência. O texto solicita a instauração de processo disciplinar e a aplicação das penalidades previstas.
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