O Papa Francisco deixa como principal legado um Colégio Cardinalício profundamente transformado, com 108 dos 135 eleitores (80%) sendo suas nomeações pessoais. Essa mudança radical na Igreja Católica inclui cardeais de nações como Mongólia e Tonga, rompendo com séculos de predominância europeia no processo de escolha papal.
Analistas destacam que o conclave iminente – o primeiro desde 2013 – será marcado por uma geografia eclesiástica inédita, com cardeais de 66 países, muitos sem tradição no Vaticano.
Leia mais: Morte do Papa Francisco comove fiéis em Trindade
Embora não haja garantias de continuísmo, o perfil do novo colégio eleitoral sugere forte probabilidade de um sucessor comprometido com as reformas do Papa Francisco, especialmente na abordagem pastoral e na descentralização do poder.
“Esta é a materialização do projeto de Igreja ‘em saída’ que Francisco sempre pregou”, observa o teólogo Alessandro Gisotti, ex-porta-voz vaticano.