Enquanto os olhos do mundo se voltam para o embate entre Israel e Irã, a situação em Gaza se agrava. Nas últimas 24 horas, ao menos 140 pessoas foram mortas no território palestino, segundo o Ministério da Saúde local. A nova onda de violência acentuou o sentimento entre os moradores de que o sofrimento em Gaza está sendo deixado de lado. De acordo com a Agência Brasil, alguns palestinos relatam: “Nossa situação está sendo esquecida”
Do total de mortes registradas, 40 ocorreram apenas na quarta-feira (18), como resultado de tiros e ataques aéreos israelenses. Entre as vítimas, estão palestinos que buscavam ajuda humanitária, uma rotina marcada por riscos desde a flexibilização parcial do bloqueio imposto por Israel.
Bombardeios contra casas em áreas povoadas, como o campo de refugiados de Maghazi, o bairro de Zeitoun e a Cidade de Gaza, mataram pelo menos 21 pessoas. Em Khan Younis, no sul do enclave, outras cinco perderam a vida em um ataque semelhante. Além disso, 14 pessoas foram atingidas por disparos enquanto aguardavam caminhões de ajuda da ONU na estrada de Salahuddin.
Diante das denúncias, as Forças de Defesa de Israel disseram estar investigando os incidentes envolvendo civis. Afirmaram ainda que estão “operando para desmantelar a capacidade militar do Hamas” e “tomando preocupações viáveis para mitigar os danos aos civis”.
Na terça-feira (17), o Ministério da Saúde de Gaza revelou que, desde o fim de maio, 397 palestinos morreram tentando obter ajuda alimentar. O número de feridos supera 3 mil. A preocupação entre os habitantes é crescente. Temem que a guerra iniciada em outubro de 2023 com o Hamas caia no esquecimento diante do conflito com o Irã.
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