O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) a redução das tarifas de importação sobre produtos chineses, que passam de 57% para 47%. A decisão foi tomada após uma reunião com o presidente da China, Xi Jinping, realizada na Coreia do Sul.
O encontro, o primeiro entre os dois desde o retorno de Trump à Casa Branca, em janeiro, durou quase duas horas e foi visto como um passo importante para aliviar as tensões da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Segundo Trump, em troca da redução das tarifas, Pequim se comprometeu a retomar as compras de soja norte-americana, manter o fluxo de exportações de terras raras e reforçar o combate ao comércio ilícito de fentanil.
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Trump se reúne com Lula na Malásia
Com a nova alíquota, a China passa a pagar taxas menores que o Brasil, cujos produtos enfrentam tarifas de até 50%. A Índia também sofre imposições semelhantes. No caso indiano, as tarifas foram adotadas em resposta à manutenção das importações de petróleo russo, enquanto o Brasil foi penalizado após Trump acusar o país de promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Foto: Ricardo Stuckert/PR
No último domingo (26), Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram na Malásia para discutir relações comerciais. O encontro gerou expectativas quanto a um acordo entre as nações. Trump, no entanto, ponderou que o encontro “muito bom” não garante um acordo imediato. “Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo estão pagando cerca de 50% de tarifa.”
Além da redução geral, Washington cortará pela metade os tributos sobre produtos relacionados ao fentanil, de 20% para 10%. Trump afirmou ainda que a China deve adquirir “quantidades enormes” de soja e outros produtos agrícolas.










