O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta sexta-feira (31) que esteja planejando ataques dentro da Venezuela, em meio a relatos de que Washington poderia expandir sua campanha antidrogas na região. Questionado por repórteres a bordo do Air Force One, Trump respondeu apenas “não” ao ser indagado sobre a possibilidade de ofensiva militar.
Nas últimas semanas, o governo norte-americano reforçou sua presença militar no Caribe, com o envio de caças, navios de guerra e milhares de soldados. A operação deve crescer com a chegada do grupo de ataque do porta-aviões Gerald Ford. A ação foi justificada por Washington como parte de uma estratégia para combater o narcotráfico na América Latina.
Porta aviões Gerald Ford (Foto: Reprodução/ USS Gerald R. Ford – CVN 78)
Trump mira em narcotráfico
De acordo com o Wall Street Journal e o Miami Herald, autoridades norte-americanas avaliaram a possibilidade de atacar instalações militares venezuelanas supostamente ligadas ao tráfico. Desde setembro, os EUA realizaram pelo menos 14 ataques contra pequenas embarcações no Caribe e no Pacífico, matando dezenas de pessoas. O governo afirma que as operações miram traficantes de drogas, mas oferece poucos detalhes sobre suas ações. Trump também teria autorizado a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela.
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que nega acusações de narcotráfico e corrupção feitas por Washington, afirmou que a presença militar norte-americana busca provocar uma “mudança de regime”. Em resposta, Caracas realizou exercícios militares no último sábado (25) para proteger seu litoral de possíveis incursões estrangeiras.
Os Estados Unidos classificaram cartéis de drogas latino-americanos como organizações terroristas e dobraram para US$ 50 milhões a recompensa pela captura de Maduro, acusado de chefiar o chamado Cartel de Los Soles. Apesar das justificativas da Casa Branca, dados da ONU indicam que a maior parte das drogas responsáveis por overdoses nos EUA, como o fentanil, chega do México, e não da Venezuela.










