Na véspera de uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter tido uma conversa “produtiva” com o líder russo, Vladimir Putin. O telefonema foi anunciado nessa quinta-feira (16) em uma publicação na rede Truth Social. Segundo Trump, o diálogo representou um passo importante para buscar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, em andamento desde fevereiro de 2022.
“Acabei de concluir minha conversa com o presidente Vladimir Putin e foi muito produtiva. Nós nos encontraremos em Budapeste, na Hungria, para ver se conseguimos encerrar esta guerra ‘inglória’”, escreveu o republicano. Trump afirmou ainda que pretende discutir o teor da conversa com Zelensky durante a reunião marcada para esta sexta-feira (17), na Casa Branca.
Trump e Putin durante Cúpula no Alaska (Foto: Divulgação/ Casa Branca)
De acordo com um porta-voz da Casa Branca, a ligação durou mais de duas horas e o presidente norte-americano ainda acredita na possibilidade de um encontro entre Putin e Zelensky. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, foi pressionada por respostas por repórteres, mas informou que o governo fornecerá mais detalhes “assim que possível”.
Ainda, o enviado especial de Putin, Kirill Dmitriev, classificou o contato como “produtivo e positivo” e afirmou que o diálogo definiu os próximos passos das negociações.
Reunião entre Trump e Zelensky
A reunião desta sexta-feira entre Trump e Zelensky ocorre em meio à pressão do governo ucraniano para obter mísseis Tomahawk dos Estados Unidos. Zelensky defende que o armamento permitiria ao país realizar ataques em alvos mais distantes no território russo e ajudaria a fortalecer as negociações para o fim do conflito.
Durante viagem a Israel no último domingo, Trump havia adiantado que pretendia discutir com Putin o envio dos mísseis. “Eles querem que os Tomahawks sigam nessa direção? Acho que não. Acho que posso falar com a Rússia sobre isso”, afirmou o presidente.
A ideia de encerrar as guerras, especialmente na Ucrânia e na Faixa de Gaza, tem sido um dos principais pilares do discurso político de Donald Trump.
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