O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um ultimato ao Hamas nesta sexta-feira (3), determinando que o grupo terrorista aceite seu plano de paz para Gaza até 19h deste domingo (5), no horário de Brasília, sob pena de enfrentar um “inferno total”.
Em postagem na rede Truth Social, Trump afirmou que a maioria dos militantes do Hamas, descritos como uma “ameaça implacável e violenta”, estão cercados e que mais de 25 mil membros já foram mortos. Segundo o presidente, o plano anunciado na segunda-feira (29) representa a última chance para que os remanescentes do grupo tenham suas vidas poupadas.
“Teremos paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra. A violência e o derramamento de sangue cessarão. Libertem os reféns, todos eles – incluindo os corpos daqueles que estão mortos -, agora! Um acordo deve ser firmado com o Hamas até domingo à noite”, afirmou o norte-americano.
Ele pediu ainda que os “palestinos inocentes” evacuem áreas não especificadas, em preparação para uma possível ofensiva.
A proposta de Trump, composta por 20 pontos, prevê a Faixa de Gaza como zona livre de grupos armados. Os membros do Hamas poderiam receber anistia, desde que entreguem armas e a supervisão caberia a um novo órgão, chamado “Conselho da Paz”, presidido pelo próprio Trump.
Ainda nesta semana, Trump afirmou em coletiva na Casa Branca, que se o Hamas rejeitar a proposta, os EUA apoiarão ações militares para eliminar o grupo. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse apoiar o plano e advertiu que Israel avançará caso o acordo não seja cumprido. “Se o Hamas rejeitar seu plano, senhor presidente, ou se supostamente aceitá-lo e depois basicamente fizer de tudo para contrariá-lo, então Israel concluirá o trabalho por conta própria”, declarou Netanyahu.
Apesar de apoiar a iniciativa, Netanyahu mantém resistência à criação de um Estado Palestino. Internamente, o premiê enfrenta pressões: a população demonstra cansaço com a guerra e ministros da coalizão avaliam possíveis consequências políticas caso percebam concessões excessivas para a paz.