O governo dos Estados Unidos voltou a se ver diante da ameaça de uma paralisação administrativa. Nesta terça-feira (30/9), o presidente Donald Trump afirmou que o impasse orçamentário no Congresso pode resultar em cortes de benefícios e na dispensa de servidores. “Provavelmente teremos uma paralisação. Podemos fazer coisas irreversíveis durante um fechamento”, declarou a jornalistas ao deixar a Casa Branca.
O prazo para aprovar recursos extras expira à meia-noite desta quarta-feira (1º). Caso não haja acordo, será a 15ª vez desde 1981 que Washington enfrenta um shutdown, situação em que agências federais são obrigadas a suspender atividades até a definição de um novo orçamento.
Na noite de segunda-feira (29/9), Trump reuniu-se com líderes democratas, mas o encontro terminou sem entendimento. O vice-presidente J.D. Vance resumiu: “Acho que estamos caminhando para uma paralisação”. Democratas defendem a prorrogação de programas de saúde antes de votar o orçamento, enquanto republicanos insistem em tratar os dois temas separadamente.
A disputa se acentuou nas redes sociais. O perfil oficial da Casa Branca publicou que a oposição “quer destruir o sistema de saúde da América dando milhões a imigrantes ilegais” e acusou os democratas de colocar os americanos em último lugar. A resposta foi imediata: o partido alegou que os republicanos encerraram uma sessão em apenas dois minutos, sem negociar.
Um eventual shutdown teria efeitos imediatos: milhares de servidores seriam afastados, parques nacionais e tribunais poderiam fechar e programas de apoio a pequenas empresas ficariam paralisados. O bloqueio envolve US$ 1,7 trilhão em gastos discricionários, quase um quarto do orçamento federal de US$ 7 trilhões. O restante cobre saúde, aposentadorias e juros de uma dívida pública que já soma US$ 37,5 trilhões.
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