O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (22) a imposição de sanções à Rússia, pela primeira vez em seu segundo mandato, em resposta à guerra contra a Ucrânia. As medidas atingem diretamente as petrolíferas Lukoil e Rosneft, as maiores do país, e refletem o aumento da tensão entre Washington e Moscou.
Segundo o Tesouro americano, as sanções bloqueiam bens e proíbem transações das duas companhias e de suas subsidiárias. O órgão também alertou para o risco de “sanções secundárias” a quem mantiver negócios com elas. “Todos os bens e interesses em bens relacionados às empresas e que estejam sob jurisdição norte-americana estão bloqueados e devem ser comunicados à OFAC [Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA]”, informou.
O anúncio ocorre em meio a uma nova rodada de punições internacionais. Nesta quarta, a União Europeia aprovou o 19º pacote de sanções contra Moscou, que inclui a proibição de importações de gás natural liquefeito russo. Na semana anterior, o Reino Unido também havia incluído Lukoil e Rosneft em sua lista de restrições.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que Washington está pronto para adotar novas medidas se Moscou não aceitar um cessar-fogo. “Diante da recusa do presidente Putin em encerrar essa guerra sem sentido, o Tesouro está sancionando as duas maiores empresas de petróleo da Rússia, que financiam a máquina de guerra do Kremlin”, disse.
Ucrânia após ataque russo (Foto: Serviço Estadual de Emergência da Ucrânia)
Zelensky celebra e Rússia reage
A decisão foi celebrada por Kiev. O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou nesta quinta-feira (23), que as sanções enviam uma “mensagem forte e necessária de que a agressão não ficará sem resposta”.
Em reação, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que o país “jamais cederá à pressão” de Washington ou de qualquer outra nação. Ele classificou as sanções como um ato “hostil” e afirmou que “terão certas consequências, mas não afetarão significativamente nosso bem-estar econômico”. Putin ainda alertou que qualquer ataque em território russo receberá “resposta muito séria e avassaladora”.
Leia mais: Milei é pressionado após renúncia de chanceler após encontro com Trump










