O presidente russo, Vladimir Putin, propôs terminar a guerra se ficar com dois dos territórios ucranianos que atualmente ocupa: os de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia. A oferta foi feita por Putin ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o encontro de sexta-feira (15) no Alasca, segundo a agência de notícias Reuters e o jornal “The New York Times“, com base em fontes das negociações.
Zelensky reforçou, em declarações recentes, que não abrirá mão de nenhum território da Ucrânia. O líder ucraniano viajará a Washington para uma reunião com Trump na Casa Branca, na segunda-feira (18). Líderes europeus também foram convidados. Segundo a imprensa americana, a Rússia estaria disposta a abdicar de todos as outras regiões que atualmente ocupa na Ucrânia.
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Para isso, Zelensky teria de aceitar que os distritos de Donetsk e Lugansk se tornem parte da Rússia. Os dois distritos compõem a região do Donbass, na fronteira com o sudoeste da Rússia, onde atua o maior movimento separatista pró-Rússia na Ucrânia.
Reencontro após sete anos
A reunião entre Putin e Trump realizada nesta sexta-feira (15) no Alasca durou três horas e terminou sem acordo para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia. Essa foi a primeira cúpula entre os EUA e a Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e o primeiro encontro a sós entre os dois líderes desde 2018. Em pronunciamento rápido, ambos trocaram elogios.
Putin foi o primeiro a falar, agradeceu o convite de Trump e chamou a conversa de “construtiva”, mas apontou a necessidade de as preocupações da Rússia serem levadas em conta. Segundo o Instituto para o Estado da Guerra (ISW, na sigla em inglês), Moscou controla militarmente cerca de 20% de todo o território ucraniano. E nenhum dos lados sinalizou querer abrir mão dessas regiões.
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