Os primeiros resultados das eleições legislativas de domingo (7) na Província de Buenos Aires indicam vitória do peronismo de centro-esquerda, liderado pelo governador Axel Kicillof. Com 82% das urnas apuradas, a coalizão Fuerza Patria somava 46,9% dos votos, enquanto o partido do presidente Javier Milei, La Libertad Avanza, alcançava 33,8%. O resultado consolida Kicillof como principal figura da oposição e possível candidato à Presidência em 2027.
O revés representa um golpe para Milei, que prometia eliminar a influência do kirchnerismo, ligado à ex-presidente Cristina Kirchner. A eleição ocorreu duas semanas após a divulgação de um escândalo envolvendo a irmã do presidente, Karina Milei, acusada de corrupção por supostas propinas cobradas de indústrias farmacêuticas. Ela e o subsecretário Eduardo “Lule” negam as acusações.
O presidente argentino reconheceu a derrota em pronunciamento realizado no salão Vonharv, em Gonnet. “É uma clara derrota política”, disse, destacando, porém, que o governo manterá o atual modelo econômico. “Reduzimos a inflação de 300% para 20%”, afirmou, criticando o uso do “aparelho” do peronismo para garantir a vitória.
Sebastián Pareja, coordenador político do La Libertad Avanza na província, enfatizou a necessidade de “autocrítica” e apontou o forte aparato do kirchnerismo como determinante para o resultado, mas ressaltou a eleição de 26 legisladores provinciais.
A deputada Lilia Lemoine, também do La Libertad Avanza, minimizou o revés, afirmando que a votação serviu para “aumentar a representação da La Libertad Avanza na Câmara de Deputados provincial, no Senado provincial e nos conselhos deliberativos”.
Com a vantagem de 14 pontos percentuais sobre La Libertad Avanza, o peronismo reforça sua posição como principal oposição e amplia sua influência na política.
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