Israel retomou os bombardeios em Gaza neste domingo (19), rompendo o cessar-fogo firmado no início de outubro. Os ataques se concentraram na cidade de Rafah, no sul do território palestino, e resultaram em dezenas de mortos e feridos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. O acordo de trégua havia sido mediado pelo Egito como tentativa de aliviar a crise humanitária na região.
Bombardeios atingem áreas residenciais
Segundo agências internacionais, aviões de guerra israelenses atacaram áreas residenciais e posições de resistência em Rafah. O governo palestino classificou a ação como uma “violação flagrante” do acordo de cessar-fogo.
O Hamas acusou Israel de sabotar o pacto ao manter a passagem de Rafah fechada, bloqueando a entrada de ajuda humanitária desde o início da trégua.
Fontes oficiais em Gaza afirmam que as forças israelenses já descumpriram o acordo pelo menos 47 vezes, resultando em 38 mortos e 143 feridos desde a assinatura da trégua.
O Ministério da Saúde palestino atualizou o número total de vítimas desde o início da ofensiva israelense, em 2023: mais de 68 mil mortos e 170 mil feridos.
Israel diz ter reagido a ataque
Por outro lado, o país afirma que as ações militares foram uma resposta a ataques do Hamas. O Exército israelense informou que militantes teriam disparado foguetes antitanque contra tropas posicionadas na fronteira, o que motivou a retomada dos bombardeios.
A nova escalada coloca em risco as negociações mediadas pelo Egito e pelos Estados Unidos e reacende a tensão na Faixa de Gaza.
Para autoridades palestinas, os ataques em Rafah demonstram que Tel Aviv não pretende cumprir o cessar-fogo. A cidade, onde milhares de deslocados buscam abrigo, volta a simbolizar o colapso das tentativas de paz diante da destruição e do bloqueio.