O Hamas anunciou na sexta-feira (4) que aceitou os termos do acordo de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos para a guerra na Faixa de Gaza. A decisão abre espaço para uma trégua de 60 dias no conflito, após o governo de Benjamin Netanyahu também ter sinalizado positivamente à proposta mediada pela Casa Branca.
Pelo acordo, o Hamas se compromete a libertar 28 reféns israelenses, entre eles, 18 que já morreram, em troca da libertação de prisioneiros palestinos mantidos por Israel. O plano ainda obriga as Forças de Defesa de Israel a se retirarem de áreas do norte da Faixa de Gaza, onde os confrontos entre militares e combatentes do Hamas têm sido mais intensos.
Especialistas alertam, no entanto, para a dificuldade de transformar a trégua temporária em um acordo de paz permanente. Lourival Sant’Anna, analista da CNN Brasil, avalia que, embora o Hamas esteja militarmente enfraquecido, os objetivos do grupo e do governo israelense seguem inconciliáveis.
Apesar disso, o cessar-fogo pode abrir espaço para avanços humanitários, como o retorno da ONU à coordenação da ajuda na região, substituindo a agência israelense, alvo de críticas. A reconstrução da Faixa de Gaza, duramente atingida pelos ataques, também entra em pauta. Países árabes do Golfo já manifestaram interesse em financiar o processo, segundo o especialista Paulo Filho. A guerra, iniciada em 7 de outubro de 2023, já deixou mais de 64 mil mortos.
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