O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (29) a retomada do cessar-fogo na Faixa de Gaza, após uma ofensiva que deixou mais de 100 palestinos mortos. A medida foi divulgada um dia depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenar novos bombardeios contra o Hamas, sob a justificativa de violações do acordo de trégua.
Em comunicado, as Forças de Defesa afirmaram que os ataques atingiram “dezenas de alvos terroristas” e resultaram na morte de mais de 30 integrantes do Hamas, incluindo comandantes de organizações armadas em Gaza. O Exército declarou que: “De acordo com a diretriz da liderança política e após uma série de ataques, nos quais dezenas de alvos terroristas e terroristas foram atingidos, as Forças de Defesa de Israel (IDF) iniciaram a retomada da aplicação do cessar-fogo em resposta às violações do Hamas. As IDF continuarão a manter o acordo de cessar-fogo e responderão firmemente a qualquer violação dele”
O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que “não haverá imunidade para nenhuma liderança do Hamas”, fazendo referência a integrantes do grupo no território palestino e a representantes que negociam no Catar.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, 104 pessoas morreram e 253 ficaram feridas desde a tarde de terça-feira. O órgão informou que entre os mortos há 66 mulheres e crianças.
Israel acusa Hamas de quebrar cessar-fogo
O governo israelense acusa o Hamas de dois descumprimentos do cessar-fogo mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: ataques a tropas israelenses e atraso na devolução dos corpos de 13 reféns. O grupo, por sua vez, nega as acusações e responsabiliza Israel pelas violações, citando os bombardeios recentes.
Esta é a segunda vez que o governo israelense interrompe temporariamente a trégua desde o anúncio do fim da guerra, assinado na primeira quinzena de outubro.
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