Val Kilmer, ator que marcou gerações com personagens icônicos, faleceu nesta terça-feira, 1º de abril, em Los Angeles, aos 65 anos. A informação foi confirmada por sua filha, Mercedes Kilmer, que revelou que a causa da morte foi uma pneumonia. Além de Mercedes, ele deixa outro filho, Jack Kilmer.
O ator já enfrentava complicações de saúde há anos, após ser diagnosticado com câncer de garganta em 2014, o que o levou a passar por traqueotomias que afetaram sua voz e sua capacidade de alimentação.
Com uma trajetória versátil no cinema, Val Kilmer transitou entre diferentes gêneros e deixou sua marca em Hollywood. Em 1995, ele assumiu um dos papéis mais icônicos de sua carreira ao vestir o traje do Batman em Batman Eternamente, dirigido por Joel Schumacher. O filme, que trouxe um tom mais colorido para o herói, dividiu opiniões na época, mas consolidou Kilmer como parte do legado do Cavaleiro das Trevas no cinema.
Outro trabalho de grande destaque foi sua interpretação do cantor Jim Morrison no filme The Doors (1991), de Oliver Stone. O ator mergulhou no papel de tal forma que chegou a gravar as músicas da banda, impressionando até os ex-integrantes do grupo pela semelhança com a voz original de Morrison.
Val Kilmer no papel de Jim Morrison, no filme biográfico da banda The Doors
Kilmer também brilhou como o piloto Tom “Iceman” Kazansky em Top Gun (1986), ao lado de Tom Cruise. Nos anos 1990, continuou estrelando grandes produções como Tombstone (1993), onde interpretou Doc Holliday, e Fogo Contra Fogo (1995), no qual contracenou com Al Pacino e Robert De Niro.
Uma luta silenciosa e o retorno de Val Kilmer no cinema
Apesar de ter sido diagnosticado com câncer de garganta em 2014, Val Kilmer manteve sua batalha contra a doença longe dos holofotes durante um tempo. A condição o levou a passar por duas traqueotomias, deixando sequelas que dificultavam sua fala e alimentação.
Mesmo com os desafios, ele fez um emocionante retorno às telas em Top Gun: Maverick (2022), reprisando seu papel como Iceman ao lado de Tom Cruise. Sua aparição no filme, adaptada para respeitar suas limitações vocais, foi um dos momentos mais marcantes da produção.
Além do cinema, Kilmer também explorou outras formas de arte. Publicou livros de poesia, foi um artista visual ao longo da vida e chegou a ser indicado ao Grammy em 2012 na categoria de álbum de palavra falada. Sua trajetória e os desafios enfrentados nos últimos anos foram retratados no documentário Val (2021), onde ele compartilhou momentos de sua vida e carreira.
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