O próximo domingo (26) será decisivo para a política argentina. Eleições legislativas renovarão metade da Câmara e um terço do Senado, elegendo 127 deputados e 24 senadores, e funcionarão como um referendo sobre as políticas do presidente Javier Milei. Caso a oposição conquiste a maioria, Milei terá dificuldades para aprovar reformas e corre o risco de ter decretos derrubados.
A pesquisa AtlasIntel divulgada nesta sexta-feira (24) mostra que 41,1% dos argentinos pretendem votar na Liberdade Avança, partido de Milei, contra 37,2% da coalizão peronista Fuerza Patria. O bloco Provincias Unidas surge com 5,8%, seguido por Frente de Esquerda (3,6%) e União Cívica Radical (1,1%). Brancos, nulos e indecisos somam 11,2%. A pesquisa ouviu 6.526 pessoas entre 15 e 19 de outubro, com margem de erro de 1 ponto percentual e 95% de confiança.
O levantamento revela diferenças demográficas: Milei lidera entre homens (47,3%), jovens até 34 anos e eleitores com ensino médio; a oposição domina entre mulheres (39,8%) e pessoas com ensino superior. Atualmente, a oposição tem maioria no Congresso, enquanto a Liberdade Avança conta com 37 deputados e 6 senadores.
Momento decisivo para a Argentina
O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que estas eleições são “mais importantes do que as presidenciais de 2027”, diante da instabilidade do peso. Ele destacou ainda a atenção internacional na Argentina: “O mundo está de olho nessas eleições, quer ver nosso povo revalidar esse curso”.
Ministro da Economia, Luis Caputo (Foto: Reprodução/ @LuisCaputoAR)
Ainda, os Estados Unidos na última semana prometeram US$ 40 bilhões de apoio financeiro a Argentina, sendo metade liberada em um primeiro “swap”, condicionado à vitória do partido de Milei.
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