O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, alertou na sexta-feira (20) que um ataque à usina nuclear de Bushehr, no Irã, pode causar uma catástrofe. “É uma usina nuclear em funcionamento e um ataque direto pode levar a uma liberação muito alta de radioatividade no meio ambiente”, afirmou durante sessão do Conselho de Segurança da ONU.
Na véspera, a AIEA informou que a usina de Arak, também chamada Khondab, foi atingida por bombardeios israelenses. Segundo a agência, “os principais edifícios da instalação, incluindo a unidade de destilação”, sofreram danos.
Também na quinta-feira (19), o Exército de Israel declarou ter realizado ataques aéreos contra dezenas de alvos militares e um centro de pesquisa nuclear no Irã. Entre os locais atingidos estão a sede da Organização de Inovação e Pesquisa Defensiva (SPND), responsável por desenvolver o programa nuclear iraniano, fábricas de mísseis e instalações que produzem componentes para motores de foguetes.
Segundo o comunicado, mais de 60 caças participaram da operação, com o lançamento de cerca de 120 munições. Os aviões sobrevoaram Teerã durante a madrugada.
Grossi afirmou que países da região demonstraram preocupação com a possibilidade de cortes no fornecimento de energia elétrica à usina de Bushehr. “Um ataque que desativasse as duas únicas linhas que fornecem eletricidade à usina poderia causar o derretimento do núcleo do reator, resultando em uma alta liberação de radioatividade no meio ambiente”, declarou.
Contudo, o diretor ainda reiterou que a agência “pode garantir, por meio de um sistema de inspeções irrefutáveis, que nenhuma arma nuclear será desenvolvida no Irã”.
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