O futebol é composto por histórias: gritos de gol, choros, risadas, títulos, rebaixamentos, classificações. O ponto é que a emoção permeia o esporte, não apenas o futebol. Entretanto, esses picos de adrenalina duram milissegundos, evidentemente se tornam capítulos eternos na história de um clube, porém na maior parte do tempo o torcedor se acostuma com o sentimento raso do resultado parcial. Quando a temporada termina no meio da tabela, sem título, sem classificação, sem perspectiva de alçar voos mais altos. Assim se apresenta o Vila Nova.
A derrota para o Athletico-PR na noite deste domingo (21/09) parece apontar para um fim de temporada precoce. Com o 2 a 0 no placar favorável para a equipe do Furacão, o time comandado por Paulo Turra segue distante da zona de acesso, a cinco jogos sem vencer na segunda divisão. Na 12ª posição na tabela, os 36 pontos do Tigre parecem marcar uma campanha que não vai fugir desse intervalo, mais um meio de tabela padrão.
Contudo, isso não passa de uma especulação que, mesmo baseada em fatos, pode se inverter nas próximas rodadas. Matematicamente, existe uma probabilidade de um vislumbre de G-4, mas para se cumprir precisa ser sustentada com as atuações do time, que claramente não tem trazido resultado, isso transcende qualquer opinião.
A princípio, o Vila Nova visitou a Arena da Baixada com o objetivo de quebrar o embalo de um adversário direto na briga pelo acesso. O favoritismo estava nas mãos do time mandante, e se confirmou com o desenrolar da partida. Nada parecia sair do controle do Athletico, um domínio total desde o primeiro minuto. Paulo Turra armou uma equipe com três zagueiros, e espetou os laterais para as alas (Higor e Elias). Dessa forma, o meio-campo foi povoado por Igor Henrique, Dodô e João Vieira na construção de jogadas, com Bruno Xavier e Gabriel Poveda mais próximos à área.
Os problemas do setor ofensivo são os mesmos há algumas rodadas, falta de criatividade, cadência de jogo, e ausência de conceitos. Porém, os erros individuais por parte do último terço vilanovense não tiveram tanta evidência na derrota, haja vista que não houve produção de ataque por parte do Tigre. O Athletico montou um sistema que praticamente afogou as investidas do Vila, não houve ataque, apenas um total domínio por parte do time da casa.
A defesa do Vila Nova apresentou pontos fracos claros ao longo dos 90 minutos. O primeiro gol do Athletico-PR surgiu de uma falha no sistema de marcação no corredor direito de ataque. Com uma função de ala, Higor não voltou para auxiliar a defesa fechando uma linha mais sólida, perdeu o tempo da bola e viu o adversário encostar na linha de fundo. Um cruzamento na meia altura deu origem a um gol de cabeça de Renan Peixoto, 1 a 0.
O duelo seguiu controlado e nas mãos do Furacão até o final do primeiro tempo, chegando na segunda metade enfrentando um adversário apático que parecia aceitar o seu destino. Apesar do evidente domínio, o Athletico só ampliou o placar aos 37 minutos do segundo tempo, novamente, com uma jogada partindo do lado direito. Luiz Fernando (ex-Dragão), recebe um passe de Benavídez e encontra uma finalização que acertou a cabeça de Velasco, o desvio matador estufou as redes de Halls, 2 a 0, caso encerrado.
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