O Goiás vive talvez seu momento de maior oscilação nesta Série B do Campeonato Brasileiro. Mesmo na liderança, com 44 pontos, o Esmeraldino tem sido alvo de cobranças pelos tropeços no segundo turno e, principalmente, pelas atuações abaixo do esperado.
Campeão simbólico do primeiro turno, o time de Vagner Mancini somou apenas sete pontos em 15 disputados na metade final da competição. Nesse recorte, é apenas o 12º colocado.
Apesar de ainda manter uma vantagem confortável no G-4, são oito pontos a mais que o Novorizontino, que ocupa o 5º lugar, a queda de rendimento acendeu o sinal de alerta. O Coritiba, vice-líder, já encostou: a diferença é de apenas um ponto.
O acesso segue sendo o principal objetivo da temporada, mas o título da Série B está ao alcance do Goiás. A conquista, além do prestígio, carrega um peso financeiro importante: como o clube não assegurou vaga na Copa do Brasil de 2026 pelo Campeonato Goiano ou pela Copa Verde, ser campeão da Segundona garante presença direta na terceira fase do torneio nacional. Isso significa reforço no caixa para a próxima temporada. Ficar fora da Copa do Brasil, por outro lado, traria prejuízos significativos.
Foto: Rosiron Rodrigues/GEC
Defesa em xeque
O grande desafio do time, porém, é voltar a se impor em campo. Nos últimos jogos, o Goiás tem mostrado nervosismo e fragilidade defensiva. A dupla Messias e Titi não engrenou, e a fragilidade da zaga tem sido explorada pelos adversários. Foram 17 gols sofridos nos últimos 13 jogos, apenas em dois deles a equipe saiu de campo sem ser vazada.
Esse recorte coincide com a saída de Lucas Ribeiro, lesionado, e a entrada de Titi no time. Mancini justificou o alto número de gols pela proposta ofensiva:
“Temos um time que joga para frente, com marcações altas, o que exige atenção contra equipes mais defensivas, que sofrem poucos gols.”
Agora, o treinador tem à disposição Lucas Ribeiro, recuperado, além de Luiz Felipe e os jovens Anthony e Baldória, da base.
Aposta ou erro?
Outro ponto que chama atenção são as improvisações no time titular. Embora Mancini defenda que os atletas têm capacidade de atuar em mais de uma função, o momento de instabilidade pede cautela. Nos últimos jogos, Moraes, lateral-esquerdo, foi deslocado para a ponta; Lucas Ribeiro já atuou como volante; e Willean Lepo, lateral-direito de origem, tem sido escalado na esquerda desde o início da Série B.
O próximo passo
O desafio agora é retomar o equilíbrio entre desempenho e resultado. O compromisso diante do Avaí, no próximo domingo (7), às 20h30, em Florianópolis, será uma oportunidade para o Goiás dissipar a desconfiança e reafirmar sua condição de líder da Série B.
O post Entre a liderança e a desconfiança: o que o Goiás precisa corrigir para seguir no topo da Série B apareceu primeiro em O Hoje.